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PM vai patrulhar cruzamento das linhas Vermelha e Amarela no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
Depois do drama vivido anteontem pela deputada estadual
Graça Pereira e pelo vereador Jorge Pereira, o comandante-geral da
PM (Polícia Militar), coronel
Francisco Braz, anunciou ontem
que o Bope (Batalhão de Operações Especiais), tropa de elite da
corporação, ocupará -ainda por
tempo indeterminado- o ponto
de junção das linhas Amarela e
Vermelha, onde comboios de traficantes costumam realizar ataques contra motoristas.
O coronel Braz disse também
que ficou indignado com a participação de um menino de cerca
de 11 anos no assalto.
"A sociedade tem que se mobilizar e ver que lugar de criança é na
escola, armada com livros e não
com fuzis", declarou.
O novo policiamento começaria
na noite de ontem, com o apoio
da Companhia de Cães e do Grupamento de Motociclistas da PM,
que percorreriam todas as saídas
das favelas que cercam as vias expressas.
O número de policiais envolvidos na operação não chegou a ser
divulgado.
Apesar de precisar recorrer ao
Bope para policiar a Linha Amarela, a Polícia Militar já conta, há
três meses, com o Batalhão de Policiamento de Vias Especiais, encarregado da segurança das principais vias expressas do Rio de Janeiro. Além disso, o dirigível que
foi alugado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública priorizaria o policiamento das vias expressas -principalmente no período da noite.
Nesta semana, no entanto, a aeronave não voou à noite porque
não recebeu autorização do DAC
(Departamento de Aviação Civil)
devido ao tempo ruim, segundo
informou a secretaria.
Histórico
Nos últimos meses, as linhas
Amarela e Vermelha foram fechadas várias vezes por causa dos
"bondes" (comboio de traficantes
armados) organizados pelos criminosos.
Em 15 de maio deste ano, o executivo paulista Marcelo Morais,
31, foi morto com tiros de fuzil depois de tentar escapar de assaltantes que realizavam uma falsa blitz
na Linha Amarela.
O relações-públicas da PM, major Frederico Caldas, disse que a
corporação "tem feito a sua parte", mas o trabalho não tem sido
reconhecido.
"O policiamento nas vias expressas foi reforçado. No entanto,
como são cercadas por várias favelas, se torna impossível impedir
a ação dos criminosos", declarou
Caldas.
(MHM)
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