São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 2006

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Engenheiro atropela e mata a mulher

Advogado diz que seu cliente confundiu a ré com a primeira marcha; dois filhos da vítima presenciaram atropelamento

A artesã de 28 anos foi prensada contra o muro de uma clínica em Florianópolis onde fora fazer um exame; o marido está preso

THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA

O engenheiro elétrico Paulo Eduardo Steinbach, 33, foi preso na tarde de anteontem, em Florianópolis (SC), acusado de atropelar e matar sua mulher, a artesã Yara Margareth de Oliveira Paz Steinbach, 28.
Ontem, o advogado dele, Moacir José Daldon, disse que Steinbach não teve intenção de matar e que está em estado de choque. "Ele só chora."
Segundo a Polícia Civil, Steinbach atropelou e prensou a mulher no muro de uma clínica, por volta das 12h. Ela fora fazer uma ultrassonografia.
Dois dos três filhos de Yara estavam dentro do carro -um deles, um menino de três anos, é filho do casal. A outra é uma menina de 11 anos, filha do outro casamento da artesã.
Com o impacto, a menina foi arremessada para o banco da frente e cortou o supercílio. Levou pontos, mas passa bem. As duas crianças dormiram na casa dos pais de Steinbach.
De acordo a polícia, o engenheiro aguardava Yara na frente da clínica. Quando ela chegou, os dois começaram a discutir. Ao saírem do local, Yara tentou entrar no carro pela porta do passageiro, mas Steinbach arrancou.
Ela novamente fez menção de entrar no carro e o engenheiro, segundo a polícia, acelerou mais uma vez e a prensou no muro. O impacto acionou o airbag do veículo.
Levada às pressas ao hospital, Yara não resistiu. Steinbach deverá responder pelo crime de homicídio doloso (com intenção) duplamente qualificado, cuja pena varia de 12 a 30 anos de reclusão.
Yara foi enterrada ontem em Joinville. A mãe dela, que mora na cidade, já mostrou interesse em ficar com os netos. O Conselho Tutelar deve decidir quem fica com a guarda.
O advogado do engenheiro afirmou que seu cliente estava nervoso e que, naquele momento, confundiu a ré com a primeira marcha do carro.
"Ela saiu do carro do amante. Foi um ato de extrema emoção", disse Daldon.
O advogado disse temer pela integridade física do engenheiro. Steinbach está no Centro de Triagem da Polícia Civil, onde deve permanecer por questões de segurança.


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