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TAM pede suspensão do inquérito policial
Empresa pediu à Justiça que interrompa o inquérito até que haja definição de qual esfera -estadual ou federal- julgará o caso
Parentes das vítimas querem que indiciados respondam por homicídio doloso eventual, e não por atentado contra a segurança do tráfego aéreo
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A TAM ingressou ontem na
Justiça de São Paulo com um
pedido de suspensão temporária do inquérito policial que investiga a tragédia até que haja a
definição de qual tribunal é
competente para julgar o caso
-a esfera federal ou a estadual.
O juiz da 1ª Vara Criminal do
Fórum do Jabaquara, Hélio
Narvaez, decidirá na segunda
se o processo vai parar.
Entretanto a TAM, por meio
de sua assessoria, disse que não
teve acesso ao laudo do Instituto de Criminalística sobre o acidente no aeroporto de Congonhas e "não comenta investigação em andamento". A mesma
resposta foi dada pela Infraero,
a empresa pública responsável
pelos aeroportos.
Já a Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil) informou, por
meio de nota, "que não recebeu
nem teve acesso ao laudo do IC,
tendo conhecimento dele apenas através do noticiário". "Por
isso, a Anac não tem condições
de comentar o referido laudo."
A nota lembra da apuração
da Aeronáutica. "O acidente em
Congonhas continua sendo investigado pelo Cenipa (Centro
de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos) da
Aeronáutica, autoridade do sistema de aviação civil brasileiro
responsável pela investigação
de acidentes." A agência desautorizou seus funcionários a falarem em nome dela.
Parentes das vítimas do acidente querem que os indiciados respondam por homicídio
doloso eventual, e não por crime de atentado contra a segurança do tráfego aéreo, como
deverá apontar o laudo do IC.
O criminalista da Afavitam
(Associação dos Familiares e
Amigos das Vítimas do Vôo
3054), Eduardo Cesar Leite,
disse que os envolvidos no caso
assumiram o risco do acidente.
"A tese de atentado à segurança
é absurda", disse Leite, que não
quis comentar as informações
do laudo antes de o documento
ser entregue oficialmente.
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