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Medida pode acomodar alunos
da Reportagem Local
As inovações propostas pela
LDB, como o ensino continuado,
a classe de aceleração, são consideradas medidas positivas na teoria, mas que terão que passar por
uma prova de fogo para serem colocadas em prática.
A substituição das oito séries por
dois ciclos de quatro anos, por
exemplo, preocupa se servir de incentivo à acomodação do aluno,
que não se assusta mais com o fantasma da repetência.
Já as classes de aceleração, voltadas a alunos repetentes, trazem à
tona o problema de criar uma classe mais fraca e de estigmatizar os
alunos.
Para o presidente da Aipa (Associação Intermunicipal de Pais e
Alunos), Mauro Bueno, a liberdade que a LDB deu às escolas é positiva na teoria, mas preocupa na
prática. "A mudança pode trazer
dificuldades para os alunos e professores. Com sistemas diversificados, o governo terá dificuldade
para monitorar as mudanças."
O início do ensino aos seis anos
também é visto com preocupação,
principalmente porque as escolas
estaduais não teriam a mesma
oferta de vagas.
Para a presidente da Anped (Associação Nacional de Pesquisa e
Pós-Graduação em Educação),
Maria Malta Campos, apesar da liberdade educacional, as escolas
devem respeitar o currículo mínimo da LDB.
"As vantagens superam as desvantagens, pois as escolas terão
mais flexibilidade para se adaptarem regionalmente e aos problemas das crianças", diz.
Para a diretora da Faculdade de
Educação da Universidade de São
Paulo, Myriam Krasilchik, a maior
vantagem é que a escola terá a liberdade para desenvolver um programa pedagógico próprio.
"As diferenças jamais serão tão
grandes que impeça o acompanhamento do aluno."
(LC)
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