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Policial diz que matou PM por acidente em 99
DA REPORTAGEM LOCAL
O policial civil Jorge João dos
Santos, 36, defendeu ontem a
legalidade da ação na qual um
PM foi morto, há dois anos, em
um hotel no Brás (centro de
SP). Em entrevista à Folha,
Santos, autor dos disparos, disse que coincidentemente participou daquela operação com
Hélio Carlo Barba, 37, com o
qual, segundo ele, não costumava trabalhar.
Barba está sendo apontado
como um dos chefes do tráfico
na região central de São Paulo.
Santos diz que não vê os antigos colegas há dois anos e que
nunca soube das ações ilícitas
das quais Barba é acusado.
Ele deixou o Denarc pouco
depois da ocorrência em que
matou o PM, em agosto de 99.
Desde então, está no Deic.
O policial conta que ele, Barba e Vinícius Pedrosa Costa, 27,
foram a um hotel na rua Uruguaiana atrás de um traficante,
mas moradores teriam dito a
outros policiais que estaria
ocorrendo um assalto no local
e a PM foi acionada.
Na confusão, Santos encontrou o PM, mas alega que não
sabia tratar-se de um policial.
"Os dois gritavam "polícia, larga a arma". Como ele não largou, atirei."
A ocorrência de tráfico foi finalizada por Guilherme Barbosa Palazzo e Alessandro Ramos
da Silva -dois dos cinco policiais identificados nas ações filmadas pelo Ministério Público.
Eles disseram ter achado 2,9
gramas de cocaína e 22,3 gramas de maconha no hotel.
Pelo homicídio, Santos foi
impronunciado pela Justiça,
mas responde a um processo
administrativo. Costa, que
também participou da ação,
ainda trabalha no Denarc, segundo Santos.
Barba é acusado de invadir
hotéis para extorquir dinheiro
de traficantes.
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