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São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 2003

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ACIDENTE

Em Louveira, interior de SP, funcionários de avícola e seus familiares participavam de confraternização de fim de ano

Durante festa, telhado desaba e fere 70

FERNANDA BASSETTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

O telhado de um galpão onde acontecia uma festa de confraternização de final de ano desabou ontem por volta das 17h, em Louveira, deixando pelo menos 70 feridos, entre eles várias crianças. O acidente ocorreu dentro da empresa Avícola Paulista Ltda..
As vítimas começaram a receber os primeiros-socorros na Irmandade Santa Casa de Louveira e foram remanejadas para hospitais da região. Há casos de suspeita de traumatismo craniano.
Cerca de 40 das vítimas em estado mais grave foram encaminhadas para os hospitais São Vicente de Paula, Paulo Sacramento e Universitário em Jundiaí. Outras 20 vítimas foram transferidas para a Santa Casa de Vinhedo.
De acordo com a assessoria de imprensa do São Vicente de Paula, o local estava atendendo vítimas com traumas na boca e na cabeça. No Paulo Sacramento, segundo a assessoria, das 17 pessoas socorridas, 5 inspiravam cuidados especiais. Seis crianças foram atendidas. O Universitário afirmou que quatro crianças estavam sob seus cuidados.
No início da noite de ontem, familiares das vítimas procuravam informações dos feridos na Santa Casa de Louveira. Além de desconhecer o estado das vítimas, os familiares procuravam saber para onde haviam sido levadas.
"Ainda não sei o estado de saúde da minha mulher. Só sei que ela recebeu sete pontos na cabeça", disse o operador de caldeira Deraldo Rosa da Silva, 38.
Segundo a Polícia Militar, o galpão em que acontecia a festa fica dentro da área da empresa. A festa era para os filhos dos funcionários. Um porteiro da empresa disse que cerca de 150 pessoas participavam da confraternização.
Segundo a Folha apurou, na avícola, existem dois galpões de madeira com telhas de barro -um mais antigo e outro cuja construção terminou há cerca de dois meses. Foi este último que desabou. Suspeita-se de falhas no projeto de sua elevação.
O Instituto de Criminalística de Jundiaí foi acionado para realizar a perícia no prédio. Um inquérito policial deve ser aberto para apurar o caso e apontar os motivos que levaram o telhado a desabar.

Outro lado
A Folha entrou em contato com uma engenheira da empresa, identificada como Liliana, que informou que estava acompanhando as vítimas no hospital e não poderia dar declarações.
Liliana disse que entraria em contato com diretores da empresa para obter uma posição oficial, mas não respondeu mais aos contatos até a conclusão desta edição.


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