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ACIDENTE
Em Louveira, interior de SP, funcionários de avícola e seus familiares participavam de confraternização de fim de ano
Durante festa, telhado desaba e fere 70
FERNANDA BASSETTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
O telhado de um galpão onde
acontecia uma festa de confraternização de final de ano desabou
ontem por volta das 17h, em Louveira, deixando pelo menos 70 feridos, entre eles várias crianças. O
acidente ocorreu dentro da empresa Avícola Paulista Ltda..
As vítimas começaram a receber os primeiros-socorros na Irmandade Santa Casa de Louveira
e foram remanejadas para hospitais da região. Há casos de suspeita de traumatismo craniano.
Cerca de 40 das vítimas em estado mais grave foram encaminhadas para os hospitais São Vicente
de Paula, Paulo Sacramento e
Universitário em Jundiaí. Outras
20 vítimas foram transferidas para a Santa Casa de Vinhedo.
De acordo com a assessoria de
imprensa do São Vicente de Paula, o local estava atendendo vítimas com traumas na boca e na cabeça. No Paulo Sacramento, segundo a assessoria, das 17 pessoas
socorridas, 5 inspiravam cuidados especiais. Seis crianças foram
atendidas. O Universitário afirmou que quatro crianças estavam
sob seus cuidados.
No início da noite de ontem, familiares das vítimas procuravam
informações dos feridos na Santa
Casa de Louveira. Além de desconhecer o estado das vítimas, os familiares procuravam saber para
onde haviam sido levadas.
"Ainda não sei o estado de saúde da minha mulher. Só sei que
ela recebeu sete pontos na cabeça", disse o operador de caldeira
Deraldo Rosa da Silva, 38.
Segundo a Polícia Militar, o galpão em que acontecia a festa fica
dentro da área da empresa. A festa era para os filhos dos funcionários. Um porteiro da empresa disse que cerca de 150 pessoas participavam da confraternização.
Segundo a Folha apurou, na
avícola, existem dois galpões de
madeira com telhas de barro
-um mais antigo e outro cuja
construção terminou há cerca de
dois meses. Foi este último que
desabou. Suspeita-se de falhas no
projeto de sua elevação.
O Instituto de Criminalística de
Jundiaí foi acionado para realizar
a perícia no prédio. Um inquérito
policial deve ser aberto para apurar o caso e apontar os motivos
que levaram o telhado a desabar.
Outro lado
A Folha entrou em contato com
uma engenheira da empresa,
identificada como Liliana, que informou que estava acompanhando as vítimas no hospital e não
poderia dar declarações.
Liliana disse que entraria em
contato com diretores da empresa
para obter uma posição oficial,
mas não respondeu mais aos contatos até a conclusão desta edição.
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