DA REPORTAGEM LOCAL

Em nota distribuída ontem, o Shopping Eldorado afirma que, "seguindo orientação policial", não divulgou para os seus clientes informações sobre o suspeito que já havia praticado outros crimes na região.
Segundo a nota, o shopping havia recebido dos "órgãos públicos orientações sobre um suspeito que estaria realizando seqüestros relâmpagos em vários estabelecimentos comerciais da região". Diz ainda que, em colaboração com a polícia, colocou "sua equipe de segurança em alerta".
De acordo com o delegado Mauro Guimarães Soares, do 15º DP (Itaim Bibi), responsável pelo caso, não houve uma orientação oficial para o shopping por parte da polícia, mas, segundo ele, alertar os clientes "não resolveria" e poderia de fato prejudicar a investigação.
O Eldorado também informa que, logo que "soube do ocorrido com a vítima, prestou total assistência, encaminhando-a às instituições competentes".
Na defesa feita durante o processo, o Shopping Eldorado afirmou que não houve falhas de segurança e que a divulgação do retrato falado do criminoso e o anúncio de que ele atuava no local poderia ter prejudicado as investigações que já estavam em andamento.
Sobre o fato de o retrato falado do criminoso estar com os agentes no estacionamento, o shopping diz que isso comprova que as medidas para identificá-lo foram todas tomadas.
O Eldorado chegou a afirmar, na época do início do processo, que o estupro da cliente não foi comprovado, mas o argumento não foi aceito pela Justiça.


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