São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

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VIOLÊNCIA

Traficantes teriam tido "ajuda"

Jovem liga policiais militares a seqüestros

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O jovem de 16 anos acusado de participar do seqüestro de moradores de Vigário Geral (zona norte do Rio) acusa policiais militares de atuar na ação. O número de desaparecidos subiu para oito.
O seqüestro ocorreu na madrugada de anteontem. A suspeita é que tenha sido feito por traficantes de drogas da favela rival, Parada de Lucas. Onze jovens, entre 13 e 27 anos, foram levados por cerca de 20 homens, vestidos com fardas da PM. Três convenceram o grupo de que não eram traficantes e foram soltos.
Em depoimentos às polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, o jovem, detido anteontem, disse que os traficantes de Parada de Lucas têm conivência de PMs. À PM, contou que esteve "no blindado com o traficante Furica". No depoimento, porém, ele se contradiz ao relatar que policiais e traficantes entraram em Vigário Geral a pé. Jorge Willians Oliveira Bento, 27, o Furica, chefia o tráfico em Parada de Lucas.
Moradores de Vigário Geral também dizem que PMs atuaram na ação criminosa. Duas horas antes do seqüestro, a PM fez uma operação no local.
A Polícia Militar disse que, apesar do depoimento "contraditório" do adolescente, abriu inquérito para apurar a acusação.
O delegado Antônio Calazans, exonerado anteontem, disse que o jovem foi vestido de PM para ser identificado por três vítimas.


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