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VIOLÊNCIA
Traficantes teriam tido "ajuda"
Jovem liga policiais militares a seqüestros
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
O jovem de 16 anos acusado de
participar do seqüestro de moradores de Vigário Geral (zona norte do Rio) acusa policiais militares
de atuar na ação. O número de desaparecidos subiu para oito.
O seqüestro ocorreu na madrugada de anteontem. A suspeita é
que tenha sido feito por traficantes de drogas da favela rival, Parada de Lucas. Onze jovens, entre 13
e 27 anos, foram levados por cerca
de 20 homens, vestidos com fardas da PM. Três convenceram o
grupo de que não eram traficantes e foram soltos.
Em depoimentos às polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, o jovem, detido anteontem,
disse que os traficantes de Parada
de Lucas têm conivência de PMs.
À PM, contou que esteve "no blindado com o traficante Furica". No
depoimento, porém, ele se contradiz ao relatar que policiais e
traficantes entraram em Vigário
Geral a pé. Jorge Willians Oliveira
Bento, 27, o Furica, chefia o tráfico em Parada de Lucas.
Moradores de Vigário Geral
também dizem que PMs atuaram
na ação criminosa. Duas horas
antes do seqüestro, a PM fez uma
operação no local.
A Polícia Militar disse que, apesar do depoimento "contraditório" do adolescente, abriu inquérito para apurar a acusação.
O delegado Antônio Calazans,
exonerado anteontem, disse que
o jovem foi vestido de PM para ser
identificado por três vítimas.
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