São Paulo, sexta-feira, 16 de janeiro de 2004

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Ribeirão Preto tem alto índice de infestação do mosquito da dengue

AFRA BALAZINA
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO

O índice de Breteau, que mede a infestação de larvas do mosquito da dengue, está em 5,9 em Ribeirão Preto (314 km de SP) -taxa preocupante, segundo a Divisão de Controle de Vetores da prefeitura, já que a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera ideal registro até 2 pontos.
Os índices predial (de infestação em casas e prédios) e de recipientes (pneus, vasos etc.) também são altos: 4 e 3,2, respectivamente. A intenção da prefeitura é reduzir o índice para abaixo de 1.
Segundo o médico-sanitarista Cláudio Souza de Paula, 39, da Divisão de Controle de Vetores, o mosquito está muito bem adaptado à região, e um índice 2 ainda seria muito alto para a área.
Apesar dos dados negativos, desde outubro não foram notificados casos de dengue em Ribeirão, o que não significa que não tenha havido pessoas infectadas.
"É pouco provável que não tenham ocorrido mais casos. O que acontece muitas vezes é que as pessoas têm os sintomas e não vão ao médico. Acabam se automedicando, e o caso não é registrado", disse o médico. A notificação pelos médicos da rede pública e privada é obrigatória.
O maior índice de infestação (14,8) foi registrado na região dos condomínios de casas na zona sul. Para a Divisão de Controle de Vetores, no entanto, o risco de contrair a doença ainda é maior em outros bairros, com maior densidade populacional.
No campus da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto, o índice também está alto (10,9). A USP tem uma equipe própria de agentes para cuidar da infestação de larvas.
A prefeitura tem tipos de equipes diferentes -para atender chamados, ir a pontos estratégicos, como desmanches, e ir a imóveis especiais, como shoppings.


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