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Horas antes de anúncios, Marta diz que país vive "epidemia de fofocas"
RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA EM BONITO
Horas antes da confirmação
de mais três mortes por febre
amarela, a ministra Marta Suplicy (Turismo) disse ontem,
em Bonito (MS), que o país sofre, na verdade, de uma "epidemia de fofocas".
"Temos áreas de risco que estão no Centro-Oeste e Norte.
Quem quiser visitá-las e não estiver imunizado tem que tomar
a vacina e esperar dez dias. O
resto é confusão, turbulência,
epidemia de fofocas." Em junho, durante a crise aérea, uma
frase da ministra causou repercussão negativa entre os brasileiros que enfrentavam problemas nos aeroportos: "Relaxa e
goza, porque você esquece todos os transtornos depois".
Para Marta, o país já aprendeu a conviver com a doença.
"No ano 2000, tivemos um pico
de 85 casos. Agora, estamos
com três casos comprovados e
17 suspeitas. Quem não estiver
viajando para locais de risco
nem precisa tomar vacina."
Vacinada desde 2004, Marta
disse que sua visita a Bonito
neste momento foi "uma feliz
coincidência", pois mostra a
ausência de risco para visitantes imunizados. A cidade (300
km de Campo Grande) é um
dos mais procurados destinos
do ecoturismo no país e foi colocada em alerta depois de uma
mulher de 42 anos, que visitou
o local, ser internada com febre
amarela em São Paulo.
Vestida em um conjunto bege brilhante, ela se embrenhou
em trilhas no meio da mata,
cruzou pontes de madeira, passeou em um barco a remo, conversou e tirou fotos com turistas e alimentou cardumes.
Convidada pela Secretaria de
Turismo local a um mergulho
-uma das principais atrações
de Bonito-, Marta declinou.
Um salão de beleza havia sido
preparado em um quarto de
hotel, especialmente para atender a ministra após o banho.
Apesar da repercussão negativa do possível foco de febre
amarela, Bonito não tem registrado cancelamentos. Segundo
o secretário de Turismo, Augusto Barbosa, há apenas adiamentos nos pacotes.
Barbosa não acredita que o
caso de São Paulo esteja relacionado à visita à região. "Não
há qualquer registro de morte
de macacos por aqui."
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