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Policial mata modelo e comete suicídio
Casal discutiu e vizinhos chamaram a polícia, que encontrou os dois ensanguentados no chão da sala
AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL
O policial civil Fernando
Henrique Olmacht, 34, e a mulher dele, a modelo Melca Lúcia
Gonçalves, 28, foram encontrados baleados na noite de anteontem no apartamento onde
moravam, no bairro da Aclimação, na zona sul de São Paulo.
Os dois morreram antes da
chegada do socorro médico.
De acordo com a Secretaria
de Estado da Segurança Pública, o policial matou a mulher e
se matou em seguida, após discutirem por cerca de uma hora.
A modelo havia posado nua
para a revista Sexy em 2007,
antes de conhecer o futuro marido. A aposentada Anna Maria
Olmacht, 65, mãe do policial,
diz acreditar que o crime tenha
sido motivado por ciúmes.
Colegas de Olmacht- que
trabalhou dez anos no Grupo
de Operações Especiais e estava no Denarc (departamento
de narcóticos) há um ano e dois
meses- disseram que, ultimamente, ele reclamava das constantes brigas com a mulher. O
casal vivia junto havia 11 meses.
A Polícia Militar recebeu ao
menos três chamados de vizinhos do casal anteontem. Em
uma das ligações, um dos vizinhos disse ter ouvido sete disparos, por volta de 22h. PMs
que estiveram no local afirmaram que foram quatro tiros.
Quando chegaram ao apartamento, no 9º andar de um prédio da rua Tenente Otávio Gomes, os policiais encontraram a
porta trancada. Ouviram Melca
pedindo socorro. A porta foi arrombada. O casal estava ensanguentado no chão da sala. A arma do policial, uma pistola calibre 45, estava ao lado deles.
Ambos ainda estavam vivos.
O policial, ferido com um tiro
na cabeça, respirava com dificuldades. Melca, apesar de ter
sido atingida por três disparos
nas costas (um deles perfurou o
peito), disse aos PMs que fora
baleada pelo marido. O resgate
foi acionado, mas eles morreram antes de serem socorridos.
No apartamento, os policiais
encontraram uma garrafa de
vinho quebrada no chão e o
quarto do casal revirado. Dois
vizinhos relataram à Folha que
o casal brigava com frequência,
mas um porteiro do prédio disse não ter percebido comportamento diferente deles.
Ontem, um dos funcionários
do prédio disse que o colega do
turno da noite recebeu reclamações. A arma do policial e o
celular de Melca foram encaminhados para perícia. No telefone, havia registro de ligações
para a PM e para familiares, no
horário aproximado do crime.
Para a aposentada Anna Maria Olmacht, 65, mãe de Olmacht, o crime foi motivado
por ciúmes. "Ele não tinha inimizades. Aparentemente era
uma pessoa tranquila, mas no
fundo era nervoso. Havia muito ciúmes."
Ela conta que o filho era formado em direito, estava há 12
anos na polícia e, antes de atuar
no Denarc, tinha trabalhado no
GOE (Grupo de Operações Especiais). Já a nora trabalhava
em um salão de beleza.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online, e ANDRÉ CARAMANTE, da Reportagem Local
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