da Reportagem Local

Comerciantes dos Jardins e de Pinheiros (zona sudoeste de São Paulo) querem fazer acordos com a prefeitura para adiar a desocupação das lojas, determinada anteontem pela Justiça.
Os imóveis, localizados em áreas de uso estritamente residencial, segundo o zoneamento urbano, já haviam sido fechados administrativamente pela prefeitura. No entanto, continuavam funcionando.
Mas uma liminar concedida pela Fazenda Pública determinou a desocupação de 183 imóveis em 30 dias, a contar da data de uma nova notificação oficial.
A alameda Gabriel Monteiro da Silva é a campeã de infratores, com 43 estabelecimentos irregulares.
Funcionando desde 1996 na alameda, a loja de decoração Ethan Allen é uma das que correm risco de ser fechadas.
"Vamos tentar reunir os comerciantes da região e negociar com a prefeitura um novo prazo para a desocupação dos imóveis", diz a proprietária, Patrícia Castilho Sá.
Ela critica a decisão da Justiça. "Aqui é um corredor comercial. As lojas não degradam a região, mas dão vida ao bairro. Se fecharmos, parte do bairro vai morrer", afirma.
O proprietário da loja de decoração Faenza, Sérgio Amaral, diz estar aguardando a concessão de uma licença definitiva para continuar funcionando na alameda. "O processo do alvará de nossa loja está em andamento. Não temo a liminar, pois estamos atendendo as exigências da prefeitura."
Amaral contesta as críticas dos moradores do bairro. "Não são as lojas que atraem mais trânsito. O aumento do tráfego está ocorrendo em toda a cidade", diz.



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