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Gerenciadoras têm
falhas diz secretário
da Reportagem Local
As 14 gerenciadoras dos módulos
do do Plano de Atendimento à
Saúde se tornaram o foco da ``crise ética'' do sistema e hoje são o
principal alvo de denúncias de supostas irregularidades.
As gerenciadoras são empresas
privadas -escolhidas sem concorrência- que controlam todas
as atividades administrativas e
contábeis das cooperativas.
Pelos seus serviços, recebem 6%
das verbas da saúde repassadas pela prefeitura aos módulos.
Isso significa que recebem de R$
80 mil a R$ 380 mil por mês, dependendo do módulo. Devem ter
um faturamento entre R$ 720 mil a
R$ 4,56 milhões este ano.
O próprio secretário municipal
Masato Yokota afirma que essas
empresas ``têm apresentado falhas operacionais graves e ineficiência gerencial''.
Das 14 gerenciadoras, 9 são ligadas diretamente a empreiteiras,
construtoras ou empresas de engenharia. As demais são ligadas a
consultorias técnicas.
Quando essas empresas assumiram suas funções, não tinham nenhuma especialização no gerenciamento de sistemas de saúde.
``Essa foi uma falha, um erro que
prejudicou o funcionamento de alguns módulos'', diz Yokota.
Contratos renovados
Apesar disso, o secretário renovou os contratos de serviço com as
gerenciadoras por mais um ano.
Isso não significa que contratos
assinados não possam ser rescindidos, segundo o secretário.
Ele afirma ainda que muitas delas não estão cumprindo prazos
para prestação de contas.
``Queremos resolver estes problemas neste semestre'', diz.
Das seis gerenciadoras procuradas pela reportagem, apenas a Enger, do módulo 8 (Pirituba), se
pronunciou sobre denúncias de irregularidades, como a não demonstração de gastos em compras
e serviços.
Segundo sua direção, ``todos os
gastos efetuados pelo módulo foram devidamente comprovados''.
As 14 gerenciadoras são alvo ainda de uma representação pública
que questiona a constitucionalidade de sua autonomia e função.
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