São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 2001

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SAÚDE

De início, 43 municípios irão usufruir de sistema informatizado de atendimento

Cartão vai integrar dados do SUS

LISANDRA PARAGUASSÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A partir da próxima semana, 13 milhões de moradores de 43 municípios passarão a usar o Cartão SUS, o sistema informatizado de atendimento do Sistema Único de Saúde que está sendo preparado há dois anos.
Essas cidades fazem parte de um projeto-piloto que o Ministério da Saúde lança hoje em Florianópolis (SC) e coloca em prática neste primeiro semestre.
O Cartão SUS -um cartão magnético igual aos de bancos- é a principal aposta do ministério para tentar organizar o sistema de informações de saúde no país.
A instalação do sistema prevê que cada unidade de saúde ligada ao SUS -postos, hospitais e ambulatórios- tenha pelo menos um computador conectado em rede com o sistema nacional.
A medida permitirá o controle de relatórios -divididos por doença, período de atendimento, tipo de exame solicitado e até por remédios receitados. Com isso, o governo pretende racionalizar a compra de medicamentos.
"Hoje podemos demorar mais de dois meses para detectar um surto. Com esse sistema, podemos gerar relatórios a cada hora, se for necessário", afirmou Geraldo Biasoto Júnior, secretário de investimentos em saúde.
O projeto já recebeu R$ 90 milhões de investimentos. Os recursos foram usados para desenvolver os computadores, criados especialmente para o projeto, e os programas, capacitar 35 mil pessoas e instalar 10 mil equipamentos em 1.900 unidades.

Meta
Até o final de 2002, o governo pretende ter o programa implantado em 2.064 cidades. A previsão é que 142 milhões de pessoas estejam usando o cartão.
Os primeiros a entrar para o sistema serão os moradores de Florianópolis (SC), Cerro Azul (PR) e Aracaju (SE), além de São José dos Campos (SP).
O sistema permitirá que o ministério coloque em prática dois mecanismos de compensação.
Atualmente, muitas prefeituras recebem da União um determinado valor por habitante -o Piso de Atenção Básica (PAB)- para custear atendimento e prevenção. Mas acabam atendendo pacientes de cidades vizinhas.
Com o cartão, o ministério pretende fazer algum tipo de compensação. Ao mesmo tempo, o cartão irá facilitar a cobrança dos planos de saúde no caso de um de seus clientes ser atendido pelo SUS. "Hoje, só é possível fazer isso nos casos de internação hospitalar", disse Rosani Cunha, coordenadora do projeto.



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