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Área publicitária critica sugestão
DA REPORTAGEM LOCAL
É possível mostrar estratégias
de prevenção aos riscos do álcool
em uma propaganda de bebidas?
O setor publicitário reconhece os
riscos, mas diz que não vislumbra
a idéia, defendida por alguns especialistas em álcool e drogas.
"Isso aí é impossível. Os fabricantes não irão concordar. É contradição com o que está sendo
anunciado, explicar o prazer e depois o desprazer, a alegria e a depressão", diz Sérgio Amado, presidente da Associação Brasileira
de Agências de Publicidade.
Para ele, a publicidade não é
"agente" na prevenção aos possíveis danos do álcool. "Se há uma
base extraordinária em casa, tudo
é discutido. Você vai ensinar que
a bebida é um instrumento de
prazer momentâneo. A indústria
da propaganda é instrumento de
comunicação. O papel da educação é do Estado", diz Amado.
Já para Mônica Gorgulho, psicóloga e presidente da Rede Brasileira de Redução de Danos, "os jovens não estão preparados para
entender os símbolos da propaganda". Segundo ela, na Europa,
escolas passaram a ensinar os alunos a relativizar as mensagens e a
entender os interesses envolvidos.
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