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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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Área publicitária critica sugestão

DA REPORTAGEM LOCAL

É possível mostrar estratégias de prevenção aos riscos do álcool em uma propaganda de bebidas? O setor publicitário reconhece os riscos, mas diz que não vislumbra a idéia, defendida por alguns especialistas em álcool e drogas.
"Isso aí é impossível. Os fabricantes não irão concordar. É contradição com o que está sendo anunciado, explicar o prazer e depois o desprazer, a alegria e a depressão", diz Sérgio Amado, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade.
Para ele, a publicidade não é "agente" na prevenção aos possíveis danos do álcool. "Se há uma base extraordinária em casa, tudo é discutido. Você vai ensinar que a bebida é um instrumento de prazer momentâneo. A indústria da propaganda é instrumento de comunicação. O papel da educação é do Estado", diz Amado.
Já para Mônica Gorgulho, psicóloga e presidente da Rede Brasileira de Redução de Danos, "os jovens não estão preparados para entender os símbolos da propaganda". Segundo ela, na Europa, escolas passaram a ensinar os alunos a relativizar as mensagens e a entender os interesses envolvidos.


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