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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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COTIDIANO

Coronel diz que PM não tem contato com Alckmin

Capitão da Casa Militar é detido e afastado sob suspeita de tráfico

DA REPORTAGEM LOCAL

O capitão da Polícia Militar Celso Aparecido Monari, 39, que trabalha na Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, foi afastado e detido administrativamente sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.
Monari foi citado por um dos homens presos pela Polícia Federal na quinta-feira, em Assis (433 km de SP), com um carregamento de quase 900 kg de maconha no fundo falso de um ônibus.
Marcos Roberto Fernandes, 32, que dirigia um dos dois carros que fazia escolta ao ônibus, afirmou que trabalhava para o capitão. O registro de uma ligação do celular de Fernandes para o telefone da residência de Monari, horas antes da prisão, aumentou a suspeita contra o policial.
Fernandes disse que tinha sido contratado pelo PM para levar a droga de Paraguaçu Paulista para Barueri (Grande SP).
Monari está na PM há quase 20 anos e trabalha na Casa Militar há quatro. Segundo o coronel Roberto Allegretti, chefe da Casa Militar, o capitão não mantém contato com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
"É só a palavra de um marginal", disse o coronel. Allegretti afirmou que o capitão mora em Cangaíba (zona leste de SP), onde é "muito conhecido". Isso poderia justificar que a quadrilha tenha o telefone de Monari.
Segundo Allegretti, o pai de Amilton Dias Cerqueira, 34, -primo de Fernandes e que também foi preso na quinta-feira- é vizinho do capitão. O coronel disse que Monari nega envolvimento com a quadrilha.
Monari deve ser ouvido amanhã pela Polícia Federal de Marília. A PF deve pedir a quebra do sigilo telefônico na semana que vem, o que pode embasar um pedido de prisão temporária. A PF suspeita da participação de outros policiais na quadrilha. Allegretti negou denúncia contra outro PM.


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