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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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Para psicóloga, é difícil escolher modelo ideal

DA REVISTA

Se Kelly Key é uma escolha infeliz, quem seria um bom modelo para a garotada?
"Alguém jovem que representasse valores de educação, cidadania e direitos humanos", receita Solange Rocha, 37, da ONG SOS Corpo, de Recife (PE). Solange não soube, porém, apontar nenhuma figura pública que se encaixasse na descrição. Essa dificuldade de encontrar o modelo ideal é consequência direta da carência de ídolos enfrentada pela juventude atual, na opinião da psicóloga Rosely Sayão, 52. Ela aponta o tenista Guga e o jogador Kaká, do São Paulo, dois "bons moços", como escolhas mais pertinentes.
Para a classe média, talvez, diz o médico Jairo Bouer, 37, que há dez anos responde a dúvidas de adolescentes sobre sexo no Folhateen. "Eles podem ser eficientes para essa faixa de jovens. Nas classes mais baixas, os jogadores Ronaldo e Robinho seriam melhores."
Kelly Key acabou se tornando o alvo mais visado do descontentamento provocado por outras mudanças na atuação do ministério. O presidente da seção paulista do Gapa (Grupo de Apoio e Prevenção à Aids), José Carlos Veloso, 34, frisa que a briga das ONGs não é exatamente contra ela, e sim contra a falta de sintonia entre governo e ativistas.
O ministro Humberto Costa admite a falha de comunicação. "As ONGs têm certa razão, houve uma falha. Eu não sabia que a prática era consultá-las."


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