|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para psicóloga, é difícil escolher modelo ideal
DA REVISTA
Se Kelly Key é uma escolha
infeliz, quem seria um bom
modelo para a garotada?
"Alguém jovem que representasse valores de educação, cidadania e direitos humanos", receita Solange Rocha, 37, da ONG SOS Corpo,
de Recife (PE). Solange não
soube, porém, apontar nenhuma figura pública que se
encaixasse na descrição. Essa dificuldade de encontrar o
modelo ideal é consequência
direta da carência de ídolos
enfrentada pela juventude
atual, na opinião da psicóloga Rosely Sayão, 52. Ela
aponta o tenista Guga e o jogador Kaká, do São Paulo,
dois "bons moços", como
escolhas mais pertinentes.
Para a classe média, talvez,
diz o médico Jairo Bouer, 37,
que há dez anos responde a
dúvidas de adolescentes sobre sexo no Folhateen. "Eles
podem ser eficientes para essa faixa de jovens. Nas classes mais baixas, os jogadores
Ronaldo e Robinho seriam
melhores."
Kelly Key acabou se tornando o alvo mais visado do
descontentamento provocado por outras mudanças na
atuação do ministério. O
presidente da seção paulista
do Gapa (Grupo de Apoio e
Prevenção à Aids), José Carlos Veloso, 34, frisa que a briga das ONGs não é exatamente contra ela, e sim contra a falta de sintonia entre
governo e ativistas.
O ministro Humberto
Costa admite a falha de comunicação. "As ONGs têm
certa razão, houve uma falha. Eu não sabia que a prática era consultá-las."
Texto Anterior: Saúde: Campanha contra a Aids começa hoje com Kelly Key Próximo Texto: Panorâmica: Capitão da Casa Militar é detido e afastado sob suspeita de tráfico Índice
|