São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

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CARNAVAL

Império quer o tri com baile no sambódromo

Ala vai simular dança imperial; no primeiro dia, o desfile de pelo menos quatro escolas de São Paulo têm relação com o ambiente

Tema estará em sambas, fantasias e alegorias, e um dos carros alegóricos será movido à energia eólica; desfile principal é às 23h15

Bruno Miranda/Folha Imagem
Carro alegórico da Império de Casa Verde, que busca o tricampeonato com um enredo sobre os grandes Impérios da história; escola é a quarta a entrar na avenida hoje, primeiro dia de desfiles

ALESSANDRA BALLES
DA REDAÇÃO

DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Império de Casa Verde, bicampeã do Carnaval paulistano em 2006, preparou para este ano um desfile que conta a história dos grandes Impérios da história. O ponto alto deve ser o terceiro setor da escola, com a ala do baile imperial, com passos marcados.
A escola, uma das mais novas no Grupo Especial, fundada em 1994, teve uma ascensão meteórica e costuma fazer um desfile correto, mais voltado para os jurados do que para empolgar o público. Neste ano, a escola, a quarta a entrar na avenida, investiu cerca de R$ 2 milhões e terá, entre os seus 3.500 componentes, Sheila Mello.
No desfile do Grupo Especial, a preocupação com o futuro do planeta e o aquecimento global estarão em foco. Escolas de samba paulistanas discutirão o tema em seus sambas-enredo, carros alegóricos e fantasias.
A São Paulo Turismo, responsável pelo evento, promete plantar 1.500 árvores em áreas de reflorestamento de mata atlântica para neutralizar a emissão de gás carbônico gerada nos dias de desfile.
Na avenida, das sete agremiações que irão desfilar hoje, pelo menos quatro terão alas ou alegorias relacionadas diretamente com o ambiente.
Com o enredo "Canta, encanta com minha história... Cubatão rainha das serras", a Unidos de Vila Maria abordará a questão por meio da história de Cubatão, que realizou um programa de recuperação ambiental e conseguiu se transformar em uma referência de preservação.
A Acadêmicos do Tucuruvi, quinta escola a se apresentar, entrará com o enredo "Renovar é preciso para que o "viver" seja preciso", que cita recursos renováveis. O quarto carro deve surpreender, já que será movido à energia eólica.
Primeira escola a desfilar, a Imperador do Ipiranga, com o enredo "Siderurgia forte constrói um mundo de aço", terá uma ala que representará a sucata feita com material reciclado, como tecidos, papéis e CDs.
A agremiação Tom Maior, com o enredo "Com licença, eu vou à luta", já no abre-alas mostrará a modernidade e a necessidade da reciclagem.
No desfile de amanhã, a Rosas de Ouro, com "Tellus Matter, o cio da terra", mostra preocupação com o aquecimento global. E a Vai-Vai, que fala do plástico, afirma no samba: "chega de lixo e poluição/ sua difícil decomposição a mãe natureza não pode esperar". O plástico demora mais de 400 anos para se decompor.
Apesar de não apresentarem referências diretas à questão do ambiente, as outras três escolas desta primeira noite também reciclaram material.
A X-9 Paulistana, segunda a desfilar, mostrará o enredo "Força Brasil: o país que surge da tinta delira num Carnaval de cores". O novo carnavalesco, Raul Diniz, conta que mudou o estilo da escola e promete mais luxo para este ano.
Última a se apresentar, a Nenê de Vila Matilde contará a história de João Jorge Saad. A ousadia da agremiação ficará por conta de uma transmissão de rádio a partir de um estúdio móvel montado no terceiro carro alegórico da escola.


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