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CARNAVAL
Império quer o tri com baile no sambódromo
Ala vai simular dança imperial; no primeiro dia, o desfile de pelo menos quatro escolas de São Paulo têm relação com o ambiente
Tema estará em sambas, fantasias e alegorias, e um dos carros alegóricos será movido à energia eólica; desfile principal é às 23h15
Bruno Miranda/Folha Imagem
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Carro alegórico da Império de Casa Verde, que busca o tricampeonato com um enredo sobre os grandes Impérios da história; escola é a quarta a entrar na avenida hoje, primeiro dia de desfiles
ALESSANDRA BALLES
DA REDAÇÃO
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Império de Casa Verde, bicampeã do Carnaval paulistano
em 2006, preparou para este
ano um desfile que conta a história dos grandes Impérios da
história. O ponto alto deve ser o
terceiro setor da escola, com a
ala do baile imperial, com passos marcados.
A escola, uma das mais novas
no Grupo Especial, fundada em
1994, teve uma ascensão meteórica e costuma fazer um desfile correto, mais voltado para
os jurados do que para empolgar o público. Neste ano, a escola, a quarta a entrar na avenida,
investiu cerca de R$ 2 milhões
e terá, entre os seus 3.500 componentes, Sheila Mello.
No desfile do Grupo Especial,
a preocupação com o futuro do
planeta e o aquecimento global
estarão em foco. Escolas de
samba paulistanas discutirão o
tema em seus sambas-enredo,
carros alegóricos e fantasias.
A São Paulo Turismo, responsável pelo evento, promete
plantar 1.500 árvores em áreas
de reflorestamento de mata
atlântica para neutralizar a
emissão de gás carbônico gerada nos dias de desfile.
Na avenida, das sete agremiações que irão desfilar hoje,
pelo menos quatro terão alas
ou alegorias relacionadas diretamente com o ambiente.
Com o enredo "Canta, encanta com minha história... Cubatão rainha das serras", a Unidos
de Vila Maria abordará a questão por meio da história de Cubatão, que realizou um programa de recuperação ambiental e
conseguiu se transformar em
uma referência de preservação.
A Acadêmicos do Tucuruvi,
quinta escola a se apresentar,
entrará com o enredo "Renovar
é preciso para que o "viver" seja
preciso", que cita recursos renováveis. O quarto carro deve
surpreender, já que será movido à energia eólica.
Primeira escola a desfilar, a
Imperador do Ipiranga, com o
enredo "Siderurgia forte constrói um mundo de aço", terá
uma ala que representará a sucata feita com material reciclado, como tecidos, papéis e CDs.
A agremiação Tom Maior,
com o enredo "Com licença, eu
vou à luta", já no abre-alas mostrará a modernidade e a necessidade da reciclagem.
No desfile de amanhã, a Rosas de Ouro, com "Tellus Matter, o cio da terra", mostra
preocupação com o aquecimento global. E a Vai-Vai, que
fala do plástico, afirma no samba: "chega de lixo e poluição/
sua difícil decomposição a mãe
natureza não pode esperar". O
plástico demora mais de 400
anos para se decompor.
Apesar de não apresentarem
referências diretas à questão do
ambiente, as outras três escolas
desta primeira noite também
reciclaram material.
A X-9 Paulistana, segunda a
desfilar, mostrará o enredo
"Força Brasil: o país que surge
da tinta delira num Carnaval de
cores". O novo carnavalesco,
Raul Diniz, conta que mudou o
estilo da escola e promete mais
luxo para este ano.
Última a se apresentar, a Nenê de Vila Matilde contará a
história de João Jorge Saad. A
ousadia da agremiação ficará
por conta de uma transmissão
de rádio a partir de um estúdio
móvel montado no terceiro
carro alegórico da escola.
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