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América do Sul e África concentram as mortes
DA REPORTAGEM LOCAL
A África e a América do Sul responderam, juntas, por dois terços
dos acidentes fatais na exploração
de petróleo no planeta em 1999.
Os dados são do relatório "Desempenho de Segurança da Indústria Global de Óleo e Gás", divulgado no ano passado pela OGP
(Associação Internacional de Produtores de Óleo e Gás).
Os dados se referem ao trabalho
de 40 companhias (como a Shell, a
Texaco, a BP Amoco, a Mobil, a
Elf e a Exxon, excluindo a Petrobras) em 66 países. Segundo o relatório, 84 pessoas morreram em
decorrência da atividade exploratória naquele ano. Desse total, 25
na América do Sul e 27 na África.
Os números da indústria mostram uma tendência geral na queda do número de acidentes nos
últimos dez anos. A taxa total de
fatalidades, dada pelo número de
mortes em cada 100 milhões de
horas trabalhadas, caiu no mundo todo de 9,7 para 5,9. São números, no entanto, que devem ser
vistos com cuidado. Um único
acidente aéreo em 98 matou 65
trabalhadores. Descontando-o,
descobre-se que 99 registrou quatro mortes a mais que 98.
As causas mais comuns de acidentes fatais na indústria petrolífera são explosões e incêndios, seguidas por desastres aéreos, quedas, pessoas atingidas por objetos
caindo ou se movendo e afogamentos, no caso das plataformas
petrolíferas marítimas -as operações em mar, aliás, também detêm uma taxa de mortes maior do
que as de terra firme, tendo piorado em relação a 98.
As mortes são mais frequentes
entre funcionários de empresas
que prestam serviço às companhias de petróleo: 77% das mortes
em 1999 foram de trabalhadores
terceirizados. "Felizmente, essa
distância está diminuindo a cada
ano", afirma o relatório, disponível na Internet (www.ogp.
org.uk/pubs/305.pdf).
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