São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2001

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América do Sul e África concentram as mortes

DA REPORTAGEM LOCAL

A África e a América do Sul responderam, juntas, por dois terços dos acidentes fatais na exploração de petróleo no planeta em 1999. Os dados são do relatório "Desempenho de Segurança da Indústria Global de Óleo e Gás", divulgado no ano passado pela OGP (Associação Internacional de Produtores de Óleo e Gás).
Os dados se referem ao trabalho de 40 companhias (como a Shell, a Texaco, a BP Amoco, a Mobil, a Elf e a Exxon, excluindo a Petrobras) em 66 países. Segundo o relatório, 84 pessoas morreram em decorrência da atividade exploratória naquele ano. Desse total, 25 na América do Sul e 27 na África.
Os números da indústria mostram uma tendência geral na queda do número de acidentes nos últimos dez anos. A taxa total de fatalidades, dada pelo número de mortes em cada 100 milhões de horas trabalhadas, caiu no mundo todo de 9,7 para 5,9. São números, no entanto, que devem ser vistos com cuidado. Um único acidente aéreo em 98 matou 65 trabalhadores. Descontando-o, descobre-se que 99 registrou quatro mortes a mais que 98.
As causas mais comuns de acidentes fatais na indústria petrolífera são explosões e incêndios, seguidas por desastres aéreos, quedas, pessoas atingidas por objetos caindo ou se movendo e afogamentos, no caso das plataformas petrolíferas marítimas -as operações em mar, aliás, também detêm uma taxa de mortes maior do que as de terra firme, tendo piorado em relação a 98.
As mortes são mais frequentes entre funcionários de empresas que prestam serviço às companhias de petróleo: 77% das mortes em 1999 foram de trabalhadores terceirizados. "Felizmente, essa distância está diminuindo a cada ano", afirma o relatório, disponível na Internet (www.ogp. org.uk/pubs/305.pdf).









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