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Polícia investiga golpes pela internet
Empresa fantasma não entregava os equipamentos
GUILHERME CAMPOS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Polícia Civil de Franca investiga uma quadrilha que aplicava golpes pela internet desde
o fim do ano passado. Sob o nome NBL Informática, os golpistas vendiam equipamentos pela internet, mas não entregavam os produtos aos clientes.
São pelo menos 500 vítimas e
R$ 1 milhão em prejuízos para
clientes de vários Estados, segundo pessoas que participam
de uma rede virtual de lesados
pelos golpistas -a polícia ainda
não fez uma estimativa.
A sede da empresa, segundo o
site, ficava em Franca (400 km
de São Paulo), em um prédio
comercial na rua General Telles, mas nem o síndico nem os
comerciantes do imóvel sabem
da existência dessa firma.
Duas pessoas chegaram a ser
detidas, mas foram liberadas
por falta de provas. Segundo o
investigador da DIG (Delegacia
de Investigações Gerais) Lucas
José da Costa, a empresa fantasma vinha sendo investigada
havia pelo menos dez dias, mas
as primeiras queixas só foram
registradas na última segunda-feira. Até agora foram registrados 15 boletins de ocorrência
pela fraude.
Os queixosos são do interior
de São Paulo e de Estados como
Piauí, Maranhão, Pernambuco
e Rio de Janeiro. Segundo
consta nos BOs, as compras variavam de R$ 1.900 a R$ 4.800.
Segundo a DIG, o registro da
NBL estava no nome de um "laranja", que está foragido.
De acordo com o músico Eugênio Cavalcante Araújo, 29,
que mora no Recife e foi vítima
do golpe, os atendentes da suposta loja eram sempre cordiais quando ele reclamava da
demora e diziam que o carregamento com os computadores
estava apreendido na Receita
Federal e que em breve seriam
liberados e entregues.
"Não tínhamos como desconfiar de nada", disse Araújo.
Ele informou ainda que a empresa era indicada por sites de
leilão e de busca, e que, por isso,
passava um "ar de confiança".
Os clientes criaram um fórum de discussões na internet
para trocar informações e descobriram que ninguém havia
recebido os produtos.
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