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SAÚDE
Salvador e Feira de Santana têm dois casos
Cachaça é suspeita de novas mortes na BA
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
A Secretaria da Saúde de Feira de
Santana (BA) começou a investigar ontem a morte do vigilante Antonio Alves Santana.
O vigilante morreu 40 minutos
depois de tomar duas doses de cachaça em um bar da periferia do
município (108 km de Salvador).
Antes mesmo da divulgação dos
resultados dos laudos, os técnicos
da Secretaria da Saúde de Feira de
Santana acreditam que a cachaça
ingerida pelo vigilante estava contaminada por metanol.
Antonio Alves de Santana morreu antes de ser atendido pelos médicos. Após tomar a aguardente,
ele apresentou os sintomas de intoxicação alcoólica -pressão alta,
cegueira, vertigem e dor de cabeça.
Até ontem, a Secretaria da Saúde
da Bahia não tinha divulgado os
resultados dos exames realizados
para apurar a morte da doméstica
Sandra Augusta dos Santos.
A vítima morreu no último fim-de-semana, em Salvador, após ingerir cinco doses de cachaça comercializada em uma feira livre da
capital baiana.
O produto não tinha rótulo e era
comercializado sem nota fiscal.
Comerciantes de duas feiras livres
de Salvador informaram aos fiscais da Vigilância Sanitária que
compraram o produto de um revendedor de Amélia Rodrigues (80
km de Salvador).
Os fiscais da Vigilância Sanitária
acreditam que o mesmo distribuidor também vendeu a cachaça para donos de bares e restaurantes de
Feira de Santana.
Somente nas últimas três semanas, a cachaça contaminada por
metanol já provocou a morte de 35
pessoas em dez cidades do Estado,
segundo informações da Secretaria da Saúde do Estado.
Os resultados dos exames realizados no produto revelaram que a
cachaça continha metanol em proporção 500 vezes superior à capacidade de absorção do organismo.
Até o final da tarde de ontem, o
comerciante Carlos Andrade, acusado de ser o fabricante da cachaça
contaminada, não tinha se apresentado à Justiça de Ibicuí.
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