|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ADMINISTRAÇÃO
Serra estaria insatisfeito com a atuação de Marquinhos Tortorello, que também desagradou seu partido, o PPS
Crise ameaça cargo de secretário de Esportes
CATIA SEABRA
FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois da saída de Emanoel
Araújo da Cultura, o secretário
municipal de Esportes, Marquinhos Tortorello, está sob ameaça
de deixar o cargo. Ontem, uma
crise dentro do PPS, seu próprio
partido, estremeceu sua já fragilizada situação.
Avisado da insatisfação do prefeito José Serra (PSDB) com o desempenho do secretário, o PPS
buscava uma saída para o impasse. Mas só até ontem, quando
Tortorello surpreendeu o partido
ao demitir dois integrantes da
executiva municipal.
A exoneração de Vitor Queiroz
Adami, recém-nomeado diretor
de Departamento Técnico de
Unidades Educacionais, e de Lúcio dos Santos Costa, que ocupava
o cargo de assistente técnico, foi
publicada ontem no "Diário Oficial". Adami é secretário de Juventude do PPS. Costa é o terceiro-secretário do partido.
A crise só foi debelada depois
que Tortorello informou que as
demissões seriam revistas. Ainda
assim, o desconforto continua.
"Vamos nos reunir com Marquinhos neste fim-de-semana para discutir a situação", disse o presidente municipal do PPS, Carlos
Fernandes. Tortorello não atendeu aos recados da Folha.
Segundo o presidente nacional
do PPS, deputado Roberto Freire
(PE), com quem Serra também se
reuniu na tarde de ontem, "há
uma avaliação ruim, não estão
muito contentes com a atuação
do secretário". "Ele [Serra] sabe
que vai ter de resolver isso com o
partido", disse Freire, recebido
por Serra ao lado de Fernandes.
O prefeito já vinha dando sinais
de descontentamento com o trabalho de Tortorello. O mais sintomático foi a decisão de transferir
para o Anhembi o comando do
autódromo de Interlagos. Tortorello recorreu ao partido.
Como resposta, o PPS foi informado que a prefeitura não pretende destinar recursos para a
realização da Fórmula 1. E, por isso, dependia de maior eficiência
na captação de apoio. Por isso, a
tarefa foi delegada ao ex-presidente da Embratur, Caio de Carvalho, sob o argumento de que
tem mais experiência.
Em defesa de Tortorello, o PPS
lembra que esse não é um problema exclusivo de Tortorello, mas
típico de um momento de avaliação do governo.
Texto Anterior: Clínica ilegal: Médica é acusada de fazer 6 mil abortos Próximo Texto: Cobrança de ISS pode mudar no próximo ano Índice
|