MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Federal apreendeu anteontem à tarde, no aeroporto Tom Jobim (zona norte do Rio), 31 mil comprimidos de ecstasy, a maior apreensão da droga no Estado nos últimos dois anos.
Segundo a PF no Rio, a droga foi comprada em Amsterdã e seria vendida em festas raves em várias partes do Brasil. Um dos focos de preocupação é o Skol Beats, evento de música eletrônica que acontece hoje em São Paulo.
A última grande apreensão de ecstasy no Rio foi em 2003, quando foram achados 43 mil comprimidos da droga. Naquele ano, foram apreendidos 70.951 comprimidos da droga. Em 2004, esse número subiu para 81.951 pílulas.
O dono do ecstasy, um rapaz de classe média, foi preso, mas a PF não divulgou seu nome alegando que poderia atrapalhar a investigação. Ele deve ser indiciado por tráfico internacional de drogas.
O dono da droga embarcou em um avião da TAP, de Amsterdã para Fortaleza, e colocou o ecstasy em uma mala que seria transportada em um vôo direto para o Rio.
A bagagem foi apreendida no Rio por volta das 16h de quarta. Segundo a PF, uma segunda pessoa buscaria a mercadoria no aeroporto. Como ela não apareceu, a droga acabou encontrada.
Os agentes federais descobriram que o responsável pela mala chegaria ao Rio em um vôo da Varig proveniente de Fortaleza por volta das 3h. No horário marcado, os policiais prenderam o acusado.
Para combater a venda da droga, policiais do Denarc (divisão antidrogas) de São Paulo estarão infiltrados no Skol Beats, hoje, no Anhembi. Na terça-feira, um DJ e dois universitários que, segundo o Denarc, pretendiam vender 4.000 comprimidos de ecstasy no evento foram presos.