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CAMPINAS
Rede de saúde foi a mais afetada no 1º dia de greve
Após confronto e prisões, negociação com servidor municipal não avança
PAULO REDA
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Um dia após um confronto entre servidores públicos municipais de Campinas (95 km de São
Paulo) e a Guarda Municipal, que
teve um saldo de 13 líderes sindicais e servidores detidos, ontem
os trabalhadores iniciaram uma
greve que afetou principalmente
o setor de saúde. A cidade é administrada pelo PT.
Os trabalhadores estão em campanha salarial e reivindicam 30%
de reajuste. A prefeitura não apresentou contraproposta.
De acordo com o secretário de
Governo e Gabinete, Lauro Camara Marcondes, a administração só volta a conversar com os
servidores se os piquetes forem
interrompidos, proposta rejeitada pelo funcionalismo público.
A administração informou que
descontará o dia dos servidores
que entraram em greve.
Em assembléia realizada no final da tarde, os servidores votaram pela manutenção da greve.
No Hospital Municipal Mário
Gatti, casos não-emergenciais e
cirurgias eletivas foram adiados.
Os servidores mantiveram apenas
os 30% de atendimento de emergência estabelecido por lei para
serviços essenciais.
De acordo com balanço divulgado pela prefeitura, em 17 das 75
unidades de saúde a paralisação
foi completa -só com atendimentos de urgência.
Para a prefeitura, do total de
15.375 servidores municipais,
3.907 aderiram à greve, o que afetou 25,4% dos serviços prestados.
Nos serviços como varrição de
rua, remoção de entulho e operação tapa-buraco, a adesão foi de
80%, segundo o sindicato, e de
12,7%, segundo a administração.
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