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São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 2003

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CAMPINAS

Rede de saúde foi a mais afetada no 1º dia de greve

Após confronto e prisões, negociação com servidor municipal não avança

PAULO REDA
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

Um dia após um confronto entre servidores públicos municipais de Campinas (95 km de São Paulo) e a Guarda Municipal, que teve um saldo de 13 líderes sindicais e servidores detidos, ontem os trabalhadores iniciaram uma greve que afetou principalmente o setor de saúde. A cidade é administrada pelo PT.
Os trabalhadores estão em campanha salarial e reivindicam 30% de reajuste. A prefeitura não apresentou contraproposta.
De acordo com o secretário de Governo e Gabinete, Lauro Camara Marcondes, a administração só volta a conversar com os servidores se os piquetes forem interrompidos, proposta rejeitada pelo funcionalismo público.
A administração informou que descontará o dia dos servidores que entraram em greve.
Em assembléia realizada no final da tarde, os servidores votaram pela manutenção da greve.
No Hospital Municipal Mário Gatti, casos não-emergenciais e cirurgias eletivas foram adiados. Os servidores mantiveram apenas os 30% de atendimento de emergência estabelecido por lei para serviços essenciais.
De acordo com balanço divulgado pela prefeitura, em 17 das 75 unidades de saúde a paralisação foi completa -só com atendimentos de urgência.
Para a prefeitura, do total de 15.375 servidores municipais, 3.907 aderiram à greve, o que afetou 25,4% dos serviços prestados.
Nos serviços como varrição de rua, remoção de entulho e operação tapa-buraco, a adesão foi de 80%, segundo o sindicato, e de 12,7%, segundo a administração.


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