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PÂNICO EM BARUERI
Governador diz que planilha da estatal apontava tubulação a cerca de três metros de local perfurado
Alckmin culpa Petrobras por erro em mapa
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador Geraldo Alckmin
(PSDB) responsabilizou ontem a
Petrobras por um erro no mapa
que localizava o gasoduto onde
houve o vazamento.
Segundo Alckmin, os mapas da
empresa mostravam o duto a cerca de três metros de distância de
onde ele realmente estava. "Ninguém faz perfuração de uma área
onde passa gasoduto sem ter um
mapa. Parece-me que, no mapa
deles, o duto deveria estar a três
metros do local da perfuração."
"Queremos que a responsabilidade seja apurada. A perfuração
não foi à revelia. Foi, sim, autorizada por escrito e acompanhada
de um fiscal da Petrobras", disse.
Alckmin pediu uma "auditoria
séria". "De quem for a culpa, com
certeza é um erro inadmissível, de
absoluta incompetência."
A assessoria da Petrobras informou ter autorizado a perfuração
que causou o vazamento. Segundo a assessoria, a estatal orientava
o trabalho da construtura Queiroz Galvão no Rodoanel.
Nenhum diretor da construtora
quis se manifestar ontem sobre o
acidente. Segundo sua assessoria
de imprensa, a empresa vai se
pronunciar só após apurar as circunstâncias do incidente.
Funcionários da construtora
que estavam no local confirmaram que, apesar de o serviço ter
orientação da Petrobras, o duto
não constava do mapa fornecido
pela empresa para orientar a perfuração. A Petrobras disse não ter
ontem como apontar motivos e
responsáveis pelo acidente.
Dersa
O desconhecimento do local
exato onde ficava o duto também
foi apontado pelo engenheiro da
Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/ A) Pedro da Silva, que
fiscaliza a obra.
No lugar, estavam sendo cravadas estacas de perfil metálico para
criar um suporte para a remoção
de dois dutos da Petrobras.
A obra era necessária para permitir a construção do Rodoanel
no trecho e havia sido discutida
com técnicos da Petrobras. "Onde
nós cravamos a estaca, não tínhamos consciência de que havia um
duto", afirmou Silva.
O engenheiro disse que uma comissão formada por Dersa, Queiroz Galvão e Petrobras discutirá
as causas do acidente. Ele não
soube dizer ontem em quanto
tempo poderá ter uma conclusão.
O presidente do Sindipetro-SP
(Sindicato dos Petroleiros de São
Paulo), Samuel Magalhães, que
esteve no local ontem à tarde, disse que não tinha elementos para
apontar eventual responsabilidade da Petrobras no caso.
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