DA REPORTAGEM LOCAL

O Incor é o único hospital da rede pública a ter um parque tecnológico totalmente atualizado na área de radiologia e de diagnóstico de imagem, segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia.
O diretor-geral do Incor (Instituto do Coração), José Antônio Ramires, afirma que essa situação se deve "única e exclusivamente" à administração do instituto pela Fundação Zerbini, que possibilita a obtenção de recursos a partir de diferentes fontes: de pacientes do sistema privado, de doações e de parcerias.
O instituto tem um parque tecnológico avaliado em US$ 70 milhões. Cerca de 75% dos pacientes atendidos são do SUS e 25% do sistema privado de saúde (convênios e particulares). Em 2001, foram realizados no instituto 168.099 exames radiológicos.
Ramires diz que, por ser um centro de excelência, o Incor acaba recebendo equipamentos de última geração dos próprios fabricantes para desenvolver novas técnicas de aplicações.
Para ele, a rede primária de saúde não necessita de equipamentos de última geração. O mais importante, afirma, é que os aparelhos recebam uma manutenção correta e com regularidade. "Um bom equipamento com uma boa manutenção funciona às mil maravilhas durante vários anos", afirma.
Ramires diz que os hospitais públicos enfrentam dificuldades para fazer a manutenção dos seus aparelhos porque nem sempre têm verba específica para isso.
Segundo Giovanni Guido Cerri, diretor clínico do Hospital das Clínicas, a fila de espera para o atendimento de pacientes crônicos do SUS, que não estejam internados no Incor, vai de uma semana a três meses.
Ele diz que o Incor seleciona os casos complexos, que não podem ser atendidos na rede primária e secundária de saúde.
O coordenador do departamento de imagem do Hospital Albert Einstein, Marcelo Funari, 39, diz que a troca dos equipamentos pelos de última geração provoca uma economia de insumos.
Os tomógrafos modernos, por exemplo, não utilizam mais filmes. A imagem vai direto para o computador, onde é analisada pelo médico e enviada ao paciente por e-mail.



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