São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vítima relata falha em exame

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao perceber, no auto-exame da mama, um caroço e, logo depois, um abaulamento do seio, a professora Maria Aparecida Pereira, 56, submeteu-se à mamografia em um hospital municipal de São Paulo. No exame, feito em janeiro de 2001, nada foi constatado.
Seis meses depois, como a dor persistia, repetiu o exame no Hospital das Clínicas. A mamografia, associada a uma biopsia, confirmou o câncer. A doença já estava em estágio avançado e Maria teve de extirpar a mama esquerda.
Segundo a professora, na época, o médico que a atendeu no HC, após avaliar a primeira mamografia, que estava com uma qualidade de imagem bem ruim, comentou que a falha ocorrera porque o aparelho estava descalibrado.
"Ás vezes penso que se tivesse ido primeiramente ao HC, talvez o câncer pudesse ter sido diagnosticado mais precocemente e nem precisaria ter retirado a mama."
Em geral, a mamografia não detecta de 10% a 15% dos casos de câncer de mama. Além dos problemas técnicos, os médicos dizem que a densidade do tecido mamário de muitas mulheres, principalmente as mais jovens, às vezes não permite a visualização dos tumores.
A falha de diagnóstico de um aparelho de raios X levou Lucas, 2, à UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Segundo a balconista Geane Carla Gonçalves, 24, mãe da criança, em dezembro do ano passado o filho foi levado a um posto de saúde com tosse persistente e febre. O médico pediu uma radiografia do pulmão, mas nada foi constatado.
No dia seguinte, o garoto começou a ter dificuldades para respirar. Um novo exame realizado no hospital mostrou que Lucas estava com pneumonia bacteriana. "Comparei os dois exames e a diferença foi incrível. No primeiro, havia apenas um borrão."



Texto Anterior: Incor é o único a atualizar tecnologia
Próximo Texto: Tomógrafo quebra 5 vezes em 6 meses
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.