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VIOLÊNCIA
Família afirma que polícia liberou responsável
Caminhão invade quintal de casa na zona norte e mata mãe e bebê
DO "AGORA"
Um caminhão invadiu o quintal de uma casa na zona norte de
São Paulo e matou duas pessoas
-a dona-de-casa Aparecida de
Fátima Eugênio da Silva, 39, e seu
filho, Igor Mateus, 4 meses.
Aparecida amamentava o filho
no jardim quando foi atingida pelo veículo. O acidente aconteceu
por volta das 11h, no Imirim.
Os ocupantes da cabine -dois
homens, segundo os vizinhos-
tentaram fugir. Mas, de acordo
com a família da vítima, um deles
chegou a ser pego por um irmão
de Aparecida, que o conduziu até
a 3ª Companhia do 9º Batalhão da
PM, vizinho ao 38º DP (Imirim).
No batalhão, no entanto, sempre de acordo com o relato dos familiares da vítima, um policial
militar orientou o irmão de Aparecida a voltar para o local do acidente, afirmando que esse é o
procedimento no caso de ocorrências de trânsito. A família diz
que, na volta, o acusado fugiu.
No caminhão foram encontradas oito garrafas de cerveja vazias.
A delegada Rosa Helena Gonçalves Silva, de plantão no 38º DP,
disse que, quando o irmão de
Aparecida chegou ao batalhão
-ao lado da delegacia-, nem a
Polícia Civil nem a PM sabiam do
acidente. "O rapaz que deteve o
ocupante do veículo estava muito
nervoso e não soube explicar direito o que tinha acontecido. Como o detido negou tudo, acabou
liberado pela PM", disse ela.
Emprestado
O caminhão envolvido no acidente pertence a uma transportadora de Alagoas. O motorista responsável pelo veículo é José Salustiano de Lima. Mas, de acordo
com a polícia, Lima ligou para a
transportadora dizendo que o caminhão havia se envolvido em
"uma tragédia" e afirmando que
um primo dele era quem estava
ao volante naquele momento.
O caminhão, sem a carreta, subiu a rua Ivan Pinheiro e, logo depois de fazer uma curva para a rua
José Brito Broca, derrubou o muro e avançou dez metros dentro
do quintal da casa.
Aparecida morreu na hora.
Igor, a caminho do hospital.
No momento do acidente, estavam na sala os outros três filhos
de Aparecida -de 8, 14 e 17
anos- e dois sobrinhos dela
-de 5 e 9 anos-, além do marido, o técnico de segurança José
Bernardo da Silva, 44. A mãe da
vítima também mora na casa.
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