São Paulo, sexta-feira, 16 de julho de 2004

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"Cair da própria altura" pode gerar trauma

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma fratura ou luxação da coluna cervical alta que levou à paralisia do diafragma, com parada respiratória e cardíaca por insuficiência neurológica. Essa é uma das hipóteses médicas para a morte da menina Marina após a queda no colégio.
Segundo Erika Kalil, médica do grupo raquimedular do Hospital das Clínicas de São Paulo, a lesão pode ter acontecido em razão de a criança ter "caído da própria altura", conforme o relato do colégio.
"Não é impossível. A pessoa pode cair de frente, bater o queixo no chão e fazer uma hiperextensão do pescoço. É um acidente mais freqüente em idosos", diz a médica.

Reanimação
Para ela, se for constatado que houve uma fratura cervical alta, a morte rápida é perfeitamente factível. Segundo Kalil, seriam necessário procedimentos de entubação -em geral, só feito em hospitais- e reanimação em até cinco minutos após a parada respiratória para evitar seqüela cerebral.
No colégio, a menina foi reanimada com massagem e desfibrilador. Kalil afirma que, do ponto de vista médico, o colégio agiu corretamente.
"A criança cai, perde o sentido, você chama o resgate e tenta fazer a reanimação", afirma a médica, que tem uma filha que estuda no Dante Alighieri.
Também é possível, diz ela, que uma pessoa caia, continue andando e só depois tenha um deslocamento da vértebra e posteriores paradas respiratória e cardíaca.


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