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VIOLÊNCIA
Moradores viram luzes apagadas pouco antes do crime
Para vizinhos, morte em elevador foi premeditada por engenheiro
RENATO SANTIAGO
DO "AGORA"
Vizinhos do engenheiro Carlos
Alberto Farhat, 61, acreditam que
ele tenha premeditado o assassinato do estudante Luiz Raphael
Ferreira de Castro de Campos
Montes, 20. Montes foi morto na
madrugada da última quarta-feira no elevador do edifício Vilina,
onde morava, na Bela Vista (região central de São Paulo).
Farhat era vizinho do estudante.
O crime foi filmado pelas câmeras
do edifício -a gravação passa
por análise do Instituito de Criminalística, que ainda não divulgou
o resultado. O engenheiro teria
fugido em um Peugeot 206 vermelho. Diferentemente do que a
Folha publicou ontem, a arma
achada em seu apartamento não
foi a utilizada no assassinato.
Minutos antes do crime, uma
moradora teria encontrado as luzes do saguão de entrada do corredor que leva ao elevador de serviço e da garagem do prédio apagadas. Antes de subir, ela teria
acendido as luzes e visto Farhat.
"Na hora do crime, estava tudo
apagado novamente. Ele deve ter
desligado as luzes", afirma o síndico Marcos, que não quis dizer o
sobrenome. "Pelo menos até agora não temos indícios de premeditação", diz a delegada Elisabete
Sato, do 78º DP (Jardins), onde o
assassinato foi registrado.
Ontem, a polícia ouviu três testemunhas. Anteontem à tarde, a
irmã de Farhat foi ao edifício buscar sua mãe. A moradores, ela disse não saber onde estava o irmão,
que continuava foragido até o fechamento desta edição.
Enterro
Cerca de 150 pessoas compareceram, na manhã de ontem, ao
enterro do estudante. Entre amigos e parentes, estava no enterro
um jovem de 15 anos, irmão da vítima. Ele chegara pouco antes ao
Brasil, vindo de uma viagem a Orlando, nos Estados Unidos, Do
aeroporto, foi direto ao cemitério.
"Ele só ficou sabendo da morte
do irmão no carro, a caminho do
enterro", diz o pai, Luiz de Campos Montes Filho. "Nós mandamos e-mail para os guias da excursão avisando que havia uma
morte na família, mas ele não sabia que era o irmão", conta a tia
Leonina Helena Ferreira de Castro, 55. Na mala do rapaz havia
CDs e camisetas para o irmão.
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