|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
foco
Funcionários do Galeão "adotam" família que mora em aeroporto há 35 dias
FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO
Nenhum jogador de futebol, cantor ou atriz. As três
pessoas mais paparicadas no
aeroporto de Galeão, no Rio,
nos últimos 35 dias, são três
irmãs: Elizabeth, 6, Bianca,
5, ambas peruanas, e Joana,
2, nascida na Costa Rica.
Os pais delas -Carlos
Chavez, 49, e Liliana Sava,
43- são argentinos e chegaram ao Galeão em 11 de junho, vindos de Buenos Aires.
Queriam seguir para Ciudad de David, no Panamá,
onde viviam até outubro.
Sem dinheiro, instalaram-se
no terceiro andar do aeroporto e vivem de favores dos
funcionários, encantados
com as crianças. "Elas são encantadoras, a gente se diverte
o dia inteiro", diz uma funcionária do salão de beleza.
Segundo a mãe, o grupo foi
para Buenos Aires porque o
pai dela estava doente. Pretendiam ficar 15 dias, mas
permaneceram sete meses.
Para voltar ao Panamá,
onde, diz ela, o casal trabalha
numa fábrica de plásticos,
embarcariam a partir do Rio.
O cônsul-adjunto da Argentina no Rio, Cristian Dellepiane, diz que o casal vivia
no Panamá com visto provisório e as passagens foram
doadas por uma comissão
panamenha de auxílio a desabrigados. Ele diz que o casal havia dito que ficaria definitivamente na Argentina e
que recusou o transporte
oferecido até o país.
A Infraero, que gerencia o
Galeão, não se pronunciou.
Texto Anterior: Pai que ataca imagem do outro pode perder guarda Próximo Texto: Mortes Índice
|