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No Ceará, 700 estudantes aprovam greve
da Agência Folha
Pelo menos 700 estudantes da
UFC (Universidade Federal do
Ceará) aprovaram ontem uma
greve dos próprios alunos a favor
do cancelamento do primeiro semestre letivo e contra a reposição
das aulas perdidas com a greve.
A diretoria do DCE (Diretório
Central dos Estudantes) argumenta que a reposição -que começou
na última segunda-feira e vai até
30 de setembro- segue um calendário absurdo.
Isso porque os professores, segundo o DCE, teriam de aplicar
provas atrás de provas, com muito
volume de matéria, e isso poderia
ocasionar altos índices de reprovação e de abandono dos cursos.
"É o pacto da hipocrisia. Os
professores fingem que dão aulas e
nós fingimos que aprendemos",
disse Francirene de Souza Paula,
uma das diretoras do DCE.
As faculdades de direito, administração e medicina não aderiram à greve e querem a reposição.
Nas contas do DCE, 1.500 alunos
participaram da assembléia ontem
de manhã em frente à reitoria.
Segundo a Adufc (Associação
Docente da Universidade Federal
do Ceará), foram 1.100 alunos. Para a reitoria, apenas 700.
A reitoria tem posição contrária
aos estudantes que referendaram a
greve ontem.
O reitor Roberto Cláudio Frota
Bezerra afirmou que a reitoria segue claramente a decisão do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, que é da retomada das aulas.
O reitor considera "inadmissível" a decisão de "um grupo de
700 estudantes, que representa 5%
do total de alunos, valer para todos (14.000 estudam na UFC)".
"Quem faltar à aula, vai perder o
semestre", disse Bezerra.
A Associação Docente da UFC
decidiu pela continuidade do semestre.
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