|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Gerente do Ponto Frio depõe e
diz desconhecer motivo de crime
free-lance para a Folha
O gerente de Distribuição do
Ponto Frio em São Paulo, Flávio
Angeli Carvalho, 43, disse ontem,
em depoimento à polícia no Rio,
desconhecer o motivo do assassinato de seu colega de trabalho
Henrique Reis Filho.
Reis foi assassinado na noite de
quarta-feira na Linha Vermelha,
em Duque de Caxias (Baixada Fluminense). A polícia trabalha com a
hipótese de vingança. Reis estava
cancelando contratos com transportadoras que prestam serviço à
rede de lojas de departamento.
Carvalho não quis dar declarações à imprensa. Segundo o advogado Maurício Porto, contratado
pela empresa, Carvalho desconhece se Reis estava sendo ameaçado.
Porto disse que as mudanças no
setor de transporte estavam sendo
feitas em função do processo de
automação.
Segundo o Ponto Frio, ele havia
sido contratado como gerente de
distribuição três meses atrás para
informatizar o setor. Carvalho foi
contratado há 45 dias para assumir
a mesma função em São Paulo. Estava no Rio fazendo treinamento
para iniciar o processo de automação em São Paulo.
Mais depoimentos
Ontem o delegado Joel Carneiro,
de Duque de Caxias, ouviu outros
funcionários do Ponto Frio, além
de Carvalho. Ele recebeu a informação de que Reis tentava dispensar os serviços de uma transportadora. Teria havido resistência por
parte de um outro funcionário que
estaria demissionário.
Reis foi morto com pelo menos
11 tiros. Carvalho não foi atingido.
Os dois voltavam do trabalho
num Fiat Palio de Irajá (zona norte) para a zona sul do Rio. Dois homens em um carro começaram a
disparar contra o Fiat e forçaram
os dois a parar o carro. O gerente
de São Paulo conseguiu se esconder pulando a mureta que separa
as duas pistas da Linha Vermelha.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|