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Funcionário ficou ferido, diz diretor
da Reportagem Local
Segundo o diretor da Febem Imigrantes, Lucimar da
Silva Souza, 19 funcionários
do complexo ficaram feridos
na rebelião do último fim-de-semana.
"Isso ninguém mostrou
até agora", disse. Do total,
seis funcionários ainda estão
afastados do trabalho.
Quatro deles, feridos mais
gravemente, receberam licenças por acidente de trabalho, um enfartou durante
a rebelião e outro está afastado por estar abalado psicologicamente.
O monitor J.P.P., 36, que
trabalha há seis anos na Febem e pediu para não ser
identificado, esteve ontem
no complexo para apresentar atestados médicos que
justificam a licença.
O monitor, que trabalha
na ala B, estava com o tórax
enfaixado. Ele teve traumatismos nas costelas após ser
agredido com pontapés nas
costas e na cabeça.
"Quando a ala se rebelou,
os menores vieram para cima, em direção à porta de
entrada, munidos de paus e
cabos de vassoura", afirma
J., que diz não ter visto armas de fogo ou facas nas
mãos dos menores. J. foi ferido no início da rebelião.
O monitor coordena uma
atividade de reciclagem de
lixo na ala, que gera dinheiro
para a compra de brinquedos didáticos, como jogos de
dama. Ele afirma que trata
cordialmente os menores e
não vê motivo especial para
a agressão.
"Eu jogo bola com eles,
mas, no desespero da fuga,
eles não vêem quem está na
frente e ignoram qualquer
boa relação que a gente possa ter com eles", disse.
Segundo o monitor, um
colega que foi ferido com
uma paulada na cabeça é um
dos monitores mais queridos pelos adolescentes.
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