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São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2003

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CORREIOS

Fim da paralisação em São Paulo foi anunciado à tarde por parte do comando e foi depois negado por outro grupo

Greve acaba em três Estados; SP é dúvida

André Porto/Folha Imagem
Daniel Reis, diretor do sindicato, que desmaiou durante discurso na assembléia realizada em SP


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Para a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares, que reúne 33 sindicatos do setor, os Correios continuam em greve hoje em São Paulo, pelo menos até assembléia que deve ocorrer às 15h, na praça da Sé. Para a Federação, até ontem haviam saído oficialmente da greve apenas os Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Maranhão.
A assembléia de São Paulo rachou o movimento grevista e provocou informações desencontradas ao longo da tarde de ontem. Às 18h30, Marcos Teixeira, do Comando de Negociação dos Representantes dos Empregados dos Correios, chegou a informar que tinha havido divergência na assembléia de São Paulo, mas que o posicionamento contra o fim da greve havia sido derrotado.
A partir de 19h30 essa informação passou a ser contestada pela Federação e por outros membros do Comando de Negociações. A partir desse momento, a versão predominante passou a ser a de que o sindicato em São Paulo havia convocado uma assembléia para deliberar sobre a realização de um piquete e, depois, tentou votar o fim da greve com base em uma proposta da empresa que não existiria.
"Eles [o sindicato de São Paulo] tentaram votar uma proposta da empresa que não existia. Falaram com a imprensa que a greve acabou, para ver se a greve acaba pela imprensa, para forçar um fato consumado", disse Anaí Caprone, também do comando de greve, às 21h30 de ontem. Segundo ela, o assunto será decidido hoje durante a assembléia.
A confusão foi causada por um racha entre os membros do colegiado que formam a diretoria do sindicato em São Paulo. Diretores ligados ao PSTU e ao PCO se posicionaram favoráveis à manutenção da greve, enquanto membros ligados ao PT e ao PC do B votaram pelo fim da paralisação.
O término da greve em São Paulo foi divulgado também pela assessoria dos Correios, que disse que os funcionários voltariam ao trabalho hoje, apesar de continuarem em negociação.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o ministro Miro Teixeira (Comunicações) informou que havia ficado sabendo do fim da greve em São Paulo pelo noticiário da internet e que a empresa continuava orientada a negociar com os grevistas.
A greve começou na quinta. Segundo os grevistas, 80% dos quase 100 mil empregados pararam. A estatal afirma que a adesão foi de cerca de 20%, mas a maioria no setor de entregas, o que realmente prejudicou o serviço.


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