SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Referência na formação de delegados e oficiais da PM, o curso universitário de Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança Pública foi atingido em cheio pelo corte de verbas promovido pela gestão da governadora Rosinha Matheus (PMDB). Desde janeiro, nenhum centavo dos cofres estaduais foi aplicado no curso.
Sem dinheiro, professores e funcionários trabalham de graça desde o início do ano letivo, em março. Em 2007, o curso, que é de pós-graduação "lato sensu", está sob a ameaça de não se realizar, após sete anos de funcionamento ininterrupto.
"Os professores têm trabalhado normalmente ao longo do ano, mas há a insegurança de não receber. Dessa forma, não teremos condições de montar o curso no ano que vem", disse o antropólogo Lenin Pires, coordenador do Nufep (Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas) da UFF (Universidade Federal Fluminense).
O curso é obrigatório para que os oficiais da PM alcancem a patente de coronel. O acesso é feito por meio de concurso público. O aprovado não paga nada no decorrer do ano.
Neste ano, 150 profissionais da área de segurança pública estão matriculados. A vice-presidente do ISP, Simone Maiato, disse que em 26 de janeiro deste ano encaminhou ao governo estadual o pedido para que o curso fosse financiado. "O ISP tomou todas as providências."


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