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Ausente, Hato culpa "elevador"
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos ausentes do PMDB na
votação que encerrou as investigações contra Myryam Athiê
(PPS) na Câmara Municipal, o vereador Jooji Hato afirmou que a
demora do elevador foi a culpada
pelo fato de não ter aparecido.
A justificativa não é nova. No
início deste ano, o então líder do
governo, José Mentor (PT), também culpou o equipamento por
uma derrota. "Como já ocorreu
outras vezes, o elevador chegou
atrasado", falou, na época.
Hato, que estava no plenário até
momentos antes da votação, falou
que subiu ao seu gabinete, no 5º
andar, porque "tinha um compromisso". O peemedebista disse
também que não desceu de escada porque já tentou isso antes e
não deu certo. O plenário fica no
1º andar. Leia a entrevista.
Folha - O senhor estava na Câmara e não desceu. O que aconteceu?
Jooji Hato - Chamei o elevador, e
ele demorou. Eu estava no meu
gabinete e, quando era hora da
votação, me atrasei. Isso às vezes
acontece. Só tem um elevador [o
privativo] para servir vários.
Folha - Mas o senhor havia sido
visto antes em plenário.
Hato - Mas eu subi.
Folha - Mas o senhor subiu para
fazer o quê?
Hato - A atividade nossa é essa.
Eu tinha um compromisso lá em
cima e subi para descer logo. Não
imaginava que ia votar, porque
normalmente a gente discute antes, sempre tem uma demora. Então eu perdi a votação.
Folha - E como o senhor entendeu
essa ameaça do vereador Milton
Leite (PMDB) de que vai expulsá-lo
do partido, já que havia ocorrido
um fechamento de questão?
Hato - Isso é do foro de cada um.
Cada um fala o que quer. Agora,
sou um homem de partido. Estou
no PMDB há 22 anos. O que o
partido decidir eu vou acatar.
Folha - E se não tivesse havido fechamento de questão, qual seria a
posição do senhor?
Hato - Eu não tinha decidido nada, sempre sigo o partido. Agora,
se não há prova material, não posso condenar uma pessoa. Não sou
juiz, sou médico, não sou caçador.
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