Descobri que era portadora do vírus da Aids em 1987, quando o meu namorado na época foi doar sangue e durante os exames ficou constatado que ele era HIV positivo. Na época eu tinha 21 anos. Como eu era a namorada dele e mantínhamos relações sexuais sem usar preservativos, acabei sendo chamada para fazer o exame de sangue e confirmei a presença do vírus em mim.
Na época ainda não existiam os medicamentos anti-retrovirais. A orientação do meu médico foi de apenas esperar e acompanhar clinicamente a possível evolução da doença.
Durante muitos anos eu fiquei bem, sem ter nenhuma infecção oportunista por conta do vírus da Aids. Em 1996, comecei a ficar doente por causa da Aids. Tive um tipo de pneumonia e esofagite, problemas comuns nos portadores do vírus. Procurei meu médico novamente e, em 1997, comecei a tomar o coquetel de remédios para controlar a evolução da doença.
No começo não foi fácil. Passei por diversas terapias e tive vários efeitos colaterais por causa dos anti-retrovirais, como diarréia, vômito e dor de estômago.
Meu médico nunca comentou comigo sobre possíveis efeitos colaterais que seriam provocados por chás. Não tomo chás todos os dias, mas gosto de tomar chá de camomila e de erva doce antes de dormir. Também bebo chá de boldo sempre que sinto que o meu fígado está sobrecarregado. Sempre me senti melhor, não acho que eles aumentem os efeitos colaterais nem que interfiram no tratamento.


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