São Paulo, sábado, 16 de outubro de 2010

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por aí

Moradores do Jardim Europa reclamam de consulado

A fila dobra a esquina. Alguns esperam sentados no chão, outros se servem de sorvetes vendidos por um ambulante. Um rapaz aproveita para ganhar um trocado chamando táxis. É a cena em frente ao Consulado do México, no Jardim Europa.
"Pagamos o IPTU mais caro de São Paulo", diz Zeca Alcântara, empresário e morador do bairro nobre, ao reclamar da movimentação.
"Quando está perto das férias, os despachantes chegam a guardar lugar com cadeiras de praia", diz Zeca.
Ele já chegou a contratar mariachis -cantores típicos do México- para tocar em frente ao local em protesto.
E as reclamações vieram também de outras formas, relata o cônsul-adjunto, Fernando Spinosa. "Uma vez alguém ligou uma mangueira para jogar água nas pessoas que estavam na fila."
O economista Germano Fehr, outro morador indignado, reclama também do sistema de chamada. "Ficha 32 azul", imita ele, em voz alta.
"Estou pensando em colocar som alto com pastor fazendo sermão sobre apocalipse", afirma a respeito da ideia de um novo protesto, e confessa outro "pecado": o da irrigação da fila.
Germano também diz que ficou mais difícil alugar um outro imóvel que tem próximo ao local e que os valores ficam abaixo do mercado.
Segundo o cônsul-adjunto, o aglomerado se forma somente à tarde, antes das 15h, quando as pessoas que requisitaram o visto de manhã retornam para pegá-lo. São cerca de 80 por dia.
Para ele, não haveria necessidade de fila na porta, pois os passaportes são entregues em "dois minutos".
E por que a fila, cônsul? "Acho que é cultural", diz.
Desde outubro de 2005, o México exige visto para a entrada de brasileiros. Segundo o consulado, com um novo sistema, ficará mais simples e mais rápido obter o visto.
Também há um projeto de médio prazo para mudar o consulado de bairro.
Na opinião de Zeca Alcântara, o zoneamento do Jardim Europa (ZER1- estritamente residencial) não permite atividade de emissão de visto -serviço cobrado.
O poder público ainda não tem posição definida sobre a legalidade. Segundo a prefeitura, a Procuradoria Geral estuda a questão, que afirma ser "inédita no município e que trata de um conflito de normas urbanísticas e legislação internacional relativa a imunidades dos estabelecimentos diplomáticos".
(VC)

NÃO É POR AÍ

VILA MARIANA TEM PRAÇA INSEGURA

Falta de iluminação, conservação e segurança. Essas são as principais reclamações feitas pela associação de moradores da Vila Mariana a respeito da praça na esquina das ruas Lins de Vasconcellos e Vergueiro.
"À noite, a arquibancada da quadra vira ponto de encontro de usuários de drogas e dormitório de moradores de rua", diz o presidente da associação, Oswaldo Baccan. Segundo ele, uma carta foi enviada há cerca de três meses para a subprefeitura pedindo melhorias.
De acordo com o Ilume (Departamento de Iluminação Pública), uma equipe fará uma vistoria e reparo nos postes com defeito.
A abordagem dos moradores de rua da região é feita diariamente, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social. Porém, conforme a lei, não há como obrigá-los a ir para um abrigo.
Quanto à conservação e limpeza, a subprefeitura informou que a praça conta com dois zeladores diariamente e uma equipe que faz podas a cada dez dias.

QUASE EXPERT
ONDE COMPRAR DISCOS DE VINIL


Vivian Marques, DJ, indica loja no centro

Um computador novo por 30 discos usados. Foi o que a DJ Vivian Marques, 29, ofereceu a um amigo. Ele topou. "Pensando bem, foi até barato", diz ela. Um single, vinil com apenas uma música, custa de R$ 30 a R$ 50. Álbuns ficam na faixa de R$ 70 a R$ 120. Na coleção do amigo havia 25 álbuns. Vivian calcula que um terço de seus 1.100 discos foram herdados do pai. O resto, além de trocas, ela comprou em sebos e em lojas do centro, como a Flórida Records. "Tem outras duas lojas na mesma galeria, mas essa traz os lançamentos mais rápido." Hoje ela compra cerca de dois discos por mês, mas a média já chegou a seis, o que a fazia "gastar muita grana". A colecionadora diz ser atraída não só pelo som analógico, mas pelos detalhes dos "bolachões". "Tem disco que gosto de comprar por ter as letras das músicas ou fotos extras dos artistas", conta.

FLÓRIDA RECORDS
r. 24 de Maio, 116, loja 7, centro
HORÁRIO Das 11h às 19h30 (2ª a 6ª) e das 11h às 17h30 (sábado)

BICHOS

Magérrimos, cães galgos se reúnem amanhã

Não é evento de moda, mas vai juntar amantes da magreza. Trata-se do Encontro de Galgos - SP, que reúne amanhã aficcionados pelos esguios cães de raças como a whippet -que custa de R$ 1.500 a R$ 2.500. A organizadora do evento, Debora Lopes da Silva, 36, mudou de profissão depois de comprar Zé Magrelo. "Eles são muito carentes. Não conseguia mais deixá-lo sozinho o dia todo", conta. Um dia, correndo -a raça é bem veloz-, Zé raspou em um muro. Como tem pele fina, se cortou e levou pontos. Após ouvir da veterinária que o incidente seria menor caso Zé estivesse vestido, Debora passou a desenhar roupas para cães, especialmente galgos que, com pouca gordura, sentem muito frio.

8º ENCONTRO DE GALGOS
Incão Clube (rua Santa Crescência, 180, Vila Sônia, zona oeste)
QUANTO R$ 20 por cão
QUANDO Amanhã, das 10h às 15h
INFORMAÇÕES 5071-3895

Supergatos
Exemplares da raça maine coons, tido como o maior gato doméstico do mundo, estarão em exposição hoje e amanhã no Pet Store Santana (rua Augusto Tolle, 901, Mandaqui, zona norte). Esse tipo de bichano pode pesar 10 kg e chegar a 1 m de comprimento -o triplo de um comum. Do Mani, gato campeão nacional da raça, estará presente. O evento é gratuito e ocorre das 11h às 17h. Informações: 3492-9999 e 2729-9477.

Por ALESSANDRA BALLES, com VANESSA CORREA, ADRIANO BRITO, SAMIA MAZZUCCO e CRISTINA MORENO DE CASTRO



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