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por aí
Moradores do Jardim Europa reclamam de consulado
A fila dobra a esquina. Alguns esperam sentados no
chão, outros se servem de
sorvetes vendidos por um
ambulante. Um rapaz aproveita para ganhar um trocado chamando táxis. É a cena
em frente ao Consulado do
México, no Jardim Europa.
"Pagamos o IPTU mais caro de São Paulo", diz Zeca Alcântara, empresário e morador do bairro nobre, ao reclamar da movimentação.
"Quando está perto das férias, os despachantes chegam a guardar lugar com cadeiras de praia", diz Zeca.
Ele já chegou a contratar
mariachis -cantores típicos
do México- para tocar em
frente ao local em protesto.
E as reclamações vieram
também de outras formas, relata o cônsul-adjunto, Fernando Spinosa. "Uma vez alguém ligou uma mangueira
para jogar água nas pessoas
que estavam na fila."
O economista Germano
Fehr, outro morador indignado, reclama também do sistema de chamada. "Ficha 32
azul", imita ele, em voz alta.
"Estou pensando em colocar som alto com pastor fazendo sermão sobre apocalipse", afirma a respeito da
ideia de um novo protesto, e
confessa outro "pecado": o
da irrigação da fila.
Germano também diz que
ficou mais difícil alugar um
outro imóvel que tem próximo ao local e que os valores
ficam abaixo do mercado.
Segundo o cônsul-adjunto, o aglomerado se forma somente à tarde, antes das 15h,
quando as pessoas que requisitaram o visto de manhã
retornam para pegá-lo. São
cerca de 80 por dia.
Para ele, não haveria necessidade de fila na porta,
pois os passaportes são entregues em "dois minutos".
E por que a fila, cônsul?
"Acho que é cultural", diz.
Desde outubro de 2005, o
México exige visto para a entrada de brasileiros. Segundo
o consulado, com um novo
sistema, ficará mais simples
e mais rápido obter o visto.
Também há um projeto de
médio prazo para mudar o
consulado de bairro.
Na opinião de Zeca Alcântara, o zoneamento do Jardim Europa (ZER1- estritamente residencial) não permite atividade de emissão de
visto -serviço cobrado.
O poder público ainda não
tem posição definida sobre a
legalidade. Segundo a prefeitura, a Procuradoria Geral estuda a questão, que afirma
ser "inédita no município e
que trata de um conflito de
normas urbanísticas e legislação internacional relativa a
imunidades dos estabelecimentos diplomáticos".
(VC)
NÃO É POR AÍ
VILA MARIANA TEM PRAÇA INSEGURA
Falta de iluminação, conservação e segurança. Essas
são as principais reclamações feitas pela associação de
moradores da Vila Mariana a
respeito da praça na esquina
das ruas Lins de Vasconcellos e Vergueiro.
"À noite, a arquibancada
da quadra vira ponto de encontro de usuários de drogas
e dormitório de moradores
de rua", diz o presidente da
associação, Oswaldo Baccan. Segundo ele, uma carta
foi enviada há cerca de três
meses para a subprefeitura
pedindo melhorias.
De acordo com o Ilume
(Departamento de Iluminação Pública), uma equipe fará uma vistoria e reparo nos
postes com defeito.
A abordagem dos moradores de rua da região é feita
diariamente, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social. Porém, conforme a lei, não há como obrigá-los a ir para um abrigo.
Quanto à conservação e
limpeza, a subprefeitura informou que a praça conta
com dois zeladores diariamente e uma equipe que faz
podas a cada dez dias.
QUASE EXPERT
ONDE COMPRAR DISCOS DE VINIL
Vivian Marques, DJ, indica loja no centro
Um computador novo por
30 discos usados. Foi o que a
DJ Vivian Marques, 29, ofereceu a um amigo. Ele topou.
"Pensando bem, foi até barato", diz ela. Um single, vinil
com apenas uma música,
custa de R$ 30 a R$ 50. Álbuns ficam na faixa de R$ 70
a R$ 120. Na coleção do amigo havia 25 álbuns.
Vivian calcula que um terço de seus 1.100 discos foram
herdados do pai. O resto,
além de trocas, ela comprou
em sebos e em lojas do centro, como a Flórida Records.
"Tem outras duas lojas na
mesma galeria, mas essa traz
os lançamentos mais rápido." Hoje ela compra cerca
de dois discos por mês, mas a
média já chegou a seis, o que
a fazia "gastar muita grana".
A colecionadora diz ser
atraída não só pelo som analógico, mas pelos detalhes
dos "bolachões".
"Tem disco que gosto de
comprar por ter as letras das
músicas ou fotos extras dos
artistas", conta.
FLÓRIDA RECORDS
r. 24 de Maio, 116, loja 7, centro
HORÁRIO Das 11h às 19h30 (2ª a
6ª) e das 11h às 17h30 (sábado)
BICHOS
Magérrimos, cães galgos se reúnem amanhã
Não é evento de moda,
mas vai juntar amantes da
magreza. Trata-se do Encontro de Galgos - SP, que reúne
amanhã aficcionados pelos
esguios cães de raças como a
whippet -que custa de
R$ 1.500 a R$ 2.500.
A organizadora do evento,
Debora Lopes da Silva, 36,
mudou de profissão depois
de comprar Zé Magrelo.
"Eles são muito carentes.
Não conseguia mais deixá-lo
sozinho o dia todo", conta.
Um dia, correndo -a raça
é bem veloz-, Zé raspou em
um muro. Como tem pele fina, se cortou e levou pontos.
Após ouvir da veterinária
que o incidente seria menor
caso Zé estivesse vestido, Debora passou a desenhar roupas para cães, especialmente
galgos que, com pouca gordura, sentem muito frio.
8º ENCONTRO DE GALGOS
Incão Clube (rua Santa Crescência,
180, Vila Sônia, zona oeste)
QUANTO R$ 20 por cão
QUANDO Amanhã, das 10h às 15h
INFORMAÇÕES 5071-3895
Supergatos
Exemplares
da raça maine coons, tido como o maior gato doméstico do
mundo, estarão em exposição
hoje e amanhã no Pet Store
Santana (rua Augusto Tolle,
901, Mandaqui, zona norte).
Esse tipo de bichano pode pesar 10 kg e chegar a 1 m de
comprimento -o triplo de um
comum. Do Mani, gato campeão nacional da raça, estará
presente. O evento é gratuito e
ocorre das 11h às 17h. Informações: 3492-9999 e 2729-9477.
Por ALESSANDRA BALLES, com VANESSA CORREA, ADRIANO BRITO, SAMIA MAZZUCCO e CRISTINA MORENO DE CASTRO
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