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Aos 40, Rota homenageia cervejarias e policiais
Secretário diz que unidade é prestigiada
DE SÃO PAULO
Empresários do setor de
cervejas no país dominaram
ontem o seleto grupo de homenageados na festa de 40
anos da Rota, unidade especial da PM de São Paulo.
Dos 15 homenageados,
seis representavam AmBev,
Schincariol, Femsa e Heineken. O grupo recebeu das
mãos do comandante da unidade, tenente coronel Paulo
Adriano Telhada, e outros
oficiais certificados de "Amigos da Rota" pelas contribuições dadas ao grupo.
De acordo com estudos da
Polícia Civil paulista, parte
dos casos de homicídios
ocorridos no Estado tem alguma ligação com o consumo de álcool e acontece em
discussões em bares.
Conhecida desde a década
de 70 como uma das mais letais unidades da PM paulista,
a Rota (Rondas Ostensivas
Tobias de Aguiar) ouviu do
secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto,
palavras de agradecimento.
De acordo com o secretário, ex-oficial da PM, os comandantes anteriores relegaram ao segundo plano a
unidade, que agora, com ele,
volta a ter seu lugar de destaque no combate ao crime.
Ferreira Pinto também
destacou que a Rota "se fortaleceu no combate ao crime
organizado, principalmente
em relação à facção que atua
dentro dos presídios".
Antes, esse trabalho era de
responsabilidade do Deic
(departamento de roubos)
que perdeu prestígio com
chegada do secretário. O ex-número um no combate à
facção criminosa, Ruy Ferraz
Fontes, foi enviado para um
distrito da periferia.
Também foram homenageados com a medalha Tobias de Aguiar, o vice-presidente da Fiesp, Ricardo Lerner, o juiz Luís Geraldo Sant'Anna Lanfredi, 36 policiais
militares e outros três empresários paulistas.
Para a diretora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, Maria Luisa Mendonça, a Rota é um resquício do
regime militar e mantém a
violência arraigada em si.
"Tem que haver realmente
uma transformação profunda para que essa prática de
violência não aconteça no
Brasil", afirmou.
O comandante da Rota,
Paulo Adriano Telhada, reagiu às críticas. "Quem fala
para acabar com a Rota não
tem o que fazer. Quer aparecer. A melhor coisa que as
pessoas fazem é ignorar esse
tipo de comentário", disse.
FOLHA.com
Leia entrevistas sobre a
Rota
www.folha.com.br/ct815443
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