São Paulo, sábado, 16 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Aos 40, Rota homenageia cervejarias e policiais

Secretário diz que unidade é prestigiada

DE SÃO PAULO

Empresários do setor de cervejas no país dominaram ontem o seleto grupo de homenageados na festa de 40 anos da Rota, unidade especial da PM de São Paulo.
Dos 15 homenageados, seis representavam AmBev, Schincariol, Femsa e Heineken. O grupo recebeu das mãos do comandante da unidade, tenente coronel Paulo Adriano Telhada, e outros oficiais certificados de "Amigos da Rota" pelas contribuições dadas ao grupo.
De acordo com estudos da Polícia Civil paulista, parte dos casos de homicídios ocorridos no Estado tem alguma ligação com o consumo de álcool e acontece em discussões em bares.
Conhecida desde a década de 70 como uma das mais letais unidades da PM paulista, a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) ouviu do secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, palavras de agradecimento.
De acordo com o secretário, ex-oficial da PM, os comandantes anteriores relegaram ao segundo plano a unidade, que agora, com ele, volta a ter seu lugar de destaque no combate ao crime.
Ferreira Pinto também destacou que a Rota "se fortaleceu no combate ao crime organizado, principalmente em relação à facção que atua dentro dos presídios".
Antes, esse trabalho era de responsabilidade do Deic (departamento de roubos) que perdeu prestígio com chegada do secretário. O ex-número um no combate à facção criminosa, Ruy Ferraz Fontes, foi enviado para um distrito da periferia.
Também foram homenageados com a medalha Tobias de Aguiar, o vice-presidente da Fiesp, Ricardo Lerner, o juiz Luís Geraldo Sant'Anna Lanfredi, 36 policiais militares e outros três empresários paulistas.
Para a diretora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, Maria Luisa Mendonça, a Rota é um resquício do regime militar e mantém a violência arraigada em si.
"Tem que haver realmente uma transformação profunda para que essa prática de violência não aconteça no Brasil", afirmou.
O comandante da Rota, Paulo Adriano Telhada, reagiu às críticas. "Quem fala para acabar com a Rota não tem o que fazer. Quer aparecer. A melhor coisa que as pessoas fazem é ignorar esse tipo de comentário", disse.

FOLHA.com
Leia entrevistas sobre a Rota
www.folha.com.br/ct815443


Texto Anterior: Casa de Roberto Carlos é assaltada no Guarujá
Próximo Texto: Por aí: Moradores do Jardim Europa reclamam de consulado
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.