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Hospital universitário discute saída para crise
da Sucursal do Rio
Diretores dos hospitais universitários do Rio participam hoje de
reunião, na sede da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), no
centro, para discutir saídas para a
crise financeira que essas instituições atravessam.
A redução das verbas para o financiamento desses hospitais, pelo governo federal, levou a Fenam
a lançar, na semana passada, o
movimento SOS Hospital Universitário.
Segundo o diretor da Fenam Jorge Darze, "a situação é muito
grave" e, se não ocorrer uma mudança, haverá uma grave crise na
área de atendimento da população
e de aperfeiçoamento dos profissionais universitários.
A situação atual mais grave é a
do Hospital-Escola São Francisco
de Assis, no centro, que pertence à
UFRJ (Universidade Federal do
Rio de Janeiro) e atende pessoas
soropositivas e pacientes que precisam de fisioterapia.
Segundo a diretora da unidade,
Sonia Regina Carvalhal Gomes, o
prejuízo acumulado em dois meses chega a R$ 250 mil. Por causa
do déficit, os 80 leitos para internação de pacientes com problemas decorrentes da Aids já tiveram de ser reduzidos para 37.
Se a situação não mudar, Gomes
disse que em novembro terá de reduzir em mais de 50% os cerca de
20 mil exames mensais e o atendimento ambulatorial diário de 35
pacientes soropositivos.
A partir de pressões do movimento SOS Hospital Universitário, o diretor do Hospital Clementino Fraga Filho (da UFRJ), Silvio
Martins, acredita que pelo menos
o governo encontrará "soluções
pontuais" para o problema.
O diretor do Hospital Pedro Ernesto (da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro), Francisco Barbosa, disse que, se a situação não
mudar, há o risco de a instituição
não ter mais medicamentos em
dois meses.
Segundo ele, o hospital já acumula dívida de R$ 1,3 milhão. Se o
corte de verbas persistir, Barbosa
diz que os "procedimentos mais
caros" do hospital terão que ser
reduzidos. As cerca de 80 cirurgias
cardíacas mensais serão reduzidas
à metade. Segundo Darze, diretores de hospitais universitários de
São Paulo e de Minas deverão
comparecer à reunião de hoje.
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