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MORTE NA PF
Novo delegado assume caso na próxima semana
Secretário de direitos humanos quer conclusão rápida de caso
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário de Estado de Direitos Humanos, Paulo Sérgio Pinheiro, disse ontem à Folha que o
inquérito que apura a morte do
auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu tem que ser concluído antes do Natal. "É preciso
acabar logo com isso. Não dá para
chegar ao Natal com esse cadáver
em cima da mesa", afirmou.
Abreu morreu em 8 de setembro, no hospital Souza Aguiar
(centro do Rio), horas após ter sido preso pela PF (Polícia Federal).
Ele era acusado de ter assassinado
horas antes, com Samuel Dias
Cerqueira e Márcio Cerqueira
Gomes, também presos, o agente
da PF Gustavo Mayer Moreira.
Anteontem, em depoimento na
Assembléia Legislativa do Rio de
Janeiro, o superintendente da PF
no Rio, Marcelo Itagiba, reconheceu que Abreu foi espancado e
torturado quando estava na carceragem do órgão.
O laudo pericial do exame de
corpo de delito concluiu que o auxiliar de cozinha foi vítima de
traumatismo craniano, provocado por "instrumento contundente", e alvo de "crueldade".
O registro feito pelos agentes de
plantão na Superintendência da
PF no dia da morte de Abreu dizia
que ele tinha sido espancado por
um dos outros dois acusados da
morte do agente Mayer.
Pinheiro disse que o novo delegado federal designado para o caso, Paulo Yung, de Santa Catarina, deve começar seu trabalho na
próxima semana e agir, dentro da
lei, de forma rápida. O reconhecimento, de acordo com Pinheiro,
deve ser feito pelos outros dois
acusados de terem matado o
agente federal.
(CHICO SANTOS)
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