São Paulo, sábado, 16 de novembro de 2002

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MORTE NA PF

Novo delegado assume caso na próxima semana

Secretário de direitos humanos quer conclusão rápida de caso

DA SUCURSAL DO RIO

O secretário de Estado de Direitos Humanos, Paulo Sérgio Pinheiro, disse ontem à Folha que o inquérito que apura a morte do auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu tem que ser concluído antes do Natal. "É preciso acabar logo com isso. Não dá para chegar ao Natal com esse cadáver em cima da mesa", afirmou.
Abreu morreu em 8 de setembro, no hospital Souza Aguiar (centro do Rio), horas após ter sido preso pela PF (Polícia Federal). Ele era acusado de ter assassinado horas antes, com Samuel Dias Cerqueira e Márcio Cerqueira Gomes, também presos, o agente da PF Gustavo Mayer Moreira.
Anteontem, em depoimento na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, o superintendente da PF no Rio, Marcelo Itagiba, reconheceu que Abreu foi espancado e torturado quando estava na carceragem do órgão.
O laudo pericial do exame de corpo de delito concluiu que o auxiliar de cozinha foi vítima de traumatismo craniano, provocado por "instrumento contundente", e alvo de "crueldade".
O registro feito pelos agentes de plantão na Superintendência da PF no dia da morte de Abreu dizia que ele tinha sido espancado por um dos outros dois acusados da morte do agente Mayer.
Pinheiro disse que o novo delegado federal designado para o caso, Paulo Yung, de Santa Catarina, deve começar seu trabalho na próxima semana e agir, dentro da lei, de forma rápida. O reconhecimento, de acordo com Pinheiro, deve ser feito pelos outros dois acusados de terem matado o agente federal.
(CHICO SANTOS)


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