São Paulo, sábado, 16 de novembro de 2002

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IMPRENSA

Entidade vê abuso de poder e cobra providências

OAB pedirá investigação sobre prisão de repórter do "Agora"

DO "AGORA"

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) irá oficiar o departamento de inquéritos policiais (Dipo), pedindo uma investigação sobre a detenção do repórter do "Agora" Fábio Grellet, anteontem, sob a acusação de desacato e desobediência, pelo delegado-assistente Rogério Lopes de Figueiredo e a delegada titular do 1º DP (Sé), Nilze Baptista Scapulatiello.
O jornalista havia ido ao local em busca de informações sobre um rapaz que foi assaltado e jogado no rio Tamanduateí.
A OAB, por meio de ofício a ser enviado à juíza-corregedora Ivana David Boriero, afirma que a prisão do repórter deveu-se a "um capricho intempestivo" e "abuso de poder".
A delegada titular, Nilze Baptista Scapulatiello, também participou da prisão, alegando que o jornalista desrespeitou Figueiredo ao chamá-lo de "displicente".
Grellet começou a prestar depoimento às 19h, sendo liberado às 22h16, após pagamento de fiança de R$ 51.
O jornalista Marcos Palácio, diretor executivo de Comunicação e Cultura do Sindicato de Jornalistas de São Paulo, afirma que a prisão foi "uma arbitrariedade".
Já Marcelo Beraba, diretor da sucursal do Rio da Folha e do Comitê de Liberdade de Expressão da ANJ (Associação Nacional dos Jornais), ressalta que "o trabalho do repórter de apuração é legítimo e indispensável". Segundo Beraba, a ANJ vai analisar as providências que podem ser tomadas em relação ao caso. Policiais do 1º DP disseram ontem que não poderiam localizar os delegados para falar com a reportagem.



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