DA REDAÇÃO

Mesmo após ter passado na Fuvest e ter sido aceito nos exames médico e psicológico -que avalia características como ansiedade, autoconfiança e impulsividade-, o aprovado ainda passa por uma etapa de avaliação no primeiro ano. É a investigação social.
Ela é feita por policiais que, entre outras coisas, podem conversar com vizinhos e visitar as escolas que o aluno frequentou. Até um ato mais agressivo na quinta série pode resultar no desligamento.
"Se existiu algum desvio de conduta, a PM não pode se arriscar, porque aqui a pessoa vai ter contato com criminosos e com o produto do crime", afirma a segunda-tenente Cleodecir Zonato Eder, chefe de comunicação social da academia.
"Quem presta pensando no dinheiro chega e não aguenta a rotina, porque é um sacerdócio", diz Rachel Campos de Siqueira, 23, do quarto ano. Os alunos recebem salário, que é, no início, de R$ 1.150 líquidos, segundo a chefe de comunicação.
Nos dois primeiros anos, o regime é de internato, e o dia começa às 6h, com o "toque de alvorada". Após aulas teóricas (como direito e sociologia) e práticas (tiro), as luzes dos alojamentos são apagadas às 22h. Os alunos do terceiro e do quarto anos são liberados às 17h15.


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