São Paulo, terça-feira, 16 de novembro de 2010

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ENTREVISTA

É a ideologia de que "veado" é para matar, diz escritor

ELIANE TRINDADE
DE SÃO PAULO

Militante dos diretos dos homossexuais, o escritor João Silvério Trevisan, 66, credita os recorrentes episódios de homofobia a uma ideologia de que "veado é para matar".

 

Folha - Como se explicam episódios recorrentes de homofobia em meio a avanços de direitos dos homossexuais?
João Silvério Trevisan -
Há um descompasso entre o que é prometido por leis ou por políticas públicas e o que, de fato, acontece.

Qual é a consequência?
Não por acaso, temos a maior parada gay do planeta, em São Paulo, e convivemos com esse tipo de atitude de pessoas que se julgam impunes e pensam: "veado" é para matar. É o subtexto.

Os homossexuais reagem?
Há uma profunda despolitização da sociedade homossexual quanto aos seus direitos. A comunidade gay tem dificuldade para reagir. É assustadora a maneira como as pessoas fogem, como se aceitassem que merecem ser punidas por serem homossexuais. É um outro lado muito triste dessas agressões. A reação está à altura daquilo que os atacantes esperam: ou seja, que "veado" é "cagão".


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