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MISTÉRIO
Jovem suspeito de matar 4 pessoas num período de 6 meses está preso
Polícia investiga mortes em série na mesma família
EDMILSON ZANETTI
em São José do Rio Preto
A polícia de Mirandópolis, no interior paulista, investiga as mortes, em circunstâncias misteriosas,
de quatro pessoas de uma mesma
família, ocorridas em uma mesma
casa seguidamente.
Todas morreram num período
de seis meses, aparentemente de
forma natural. As três últimas
mortes ocorreram em pouco mais
de duas semanas. A última, na sexta-feira passada. Um morador da
casa -parente das vítimas- está
preso como principal suspeito.
Todas as mortes aconteceram na
casa onde moravam cinco pessoas
da família, no centro de Mirandópolis (605 km a noroeste de SP).
Moravam na casa, sobreloja da
empresa de móveis da família Crevelaro, o casal José Carlos Crevelaro, 51, e Maria Terezinha dos Santos Crevelaro, 52, uma filha excepcional, Adelaide Crevelaro, a sogra
do comerciante, Lúcia Adelaide
dos Santos, e o sobrinho Vitor Alexandre Ferreira dos Santos, 21,
que se mudou para lá na adolescência.
A primeira morte, em 5 de maio,
já chamou a atenção da polícia. A
sogra morreu de morte natural,
segundo o atestado de óbito. Mas
"sinais estranhos" no corpo chamaram a atenção do delegado Natanael Pinheiro da Silva, 38.
Segundo ele, as unhas da vítima
escondiam tecido de roupa. Marcas no nariz, boca e garganta sugeriam que ela teria sido sufocada.
No dia 28 de outubro, o comerciante José Carlos Crevelaro foi
encontrado morto no escritório da
loja, pouco depois de ter passado
uma ligação telefônica para a mulher, na parte superior do prédio.
Um médico da família atestou parada cardiorrespiratória. A polícia
não foi informada da morte.
O corpo de sua mulher, Maria
Terezinha, foi encontrado no banheiro pela cunhada Maria Crevelaro Meirelles 11 dias depois.
A mãe de Vitor, Marli Ferreira
dos Santos, 50, que mora em São
Paulo, foi ao velório da irmã e ficou para a missa de sétimo dia. Um
dia antes da missa, foi encontrada
morta na casa.
O delegado diz que Vitor é um
dos investigados. A Agência Folha
apurou que ele está preso. A informação foi confirmada pelo comerciante Floriano Meirelles, 52, cunhado de José Carlos.
O delegado diz que vai ouvir os
familiares a partir de amanhã.
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