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Sequestrador de Diniz quer acordo cumprido
MALU GASPAR
da Reportagem Local
Os dez sequestradores do empresário Abílio Diniz recebem hoje visita de uma comissão de deputados e representantes de entidades de defesa de direitos humanos.
Durante a visita, eles apresentarão um documento em que dizem
estar insatisfeitos com o não-cumprimento do acordo firmado com
o Poder Judiciário em abril, quando fizeram uma greve de fome de
16 dias.
O acordo, proposto pelo juiz das
Execuções Criminais de São Paulo, Otávio Augusto Machado de
Barros Filho, e pelo secretário estadual da Administração Penitenciária, João Benedicto de Azevedo
Marques, previa a reavaliação dos
processos dos sequestradores e a
concessão do regime semi-aberto
aos que já tivessem esse direito.
O acordo foi mediado por D.
Paulo Evaristo Arns, então cardeal-arcebispo de São Paulo. Dos
dez sequestradores, apenas um é
brasileiro. Cinco são chilenos,
dois, argentinos, e dois, canadenses. Eles estão presos há nove
anos, condenados a penas que variam de 26 a 28 anos de prisão.
Em 1989, eles mantiveram o empresário Abílio Diniz, dono do
grupo Pão de Açúcar, em cativeiro
por uma semana.
Até agora, apenas o processo do
argentino Humberto Paz foi reavaliado. Mas o pedido de progressão da pena para o regime semi-aberto -em que o preso só dorme
na prisão- foi negado. Pela lei
brasileira, o semi-aberto pode ser
concedido a um preso desde que
ele tenha cumprido um sexto da
pena, bom comportamento e emprego garantido. Por ser estrangeiro, Paz não teria emprego fixo.
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