DA SUCURSAL DO RIO

Policiais federais envolvidos na ação de ontem relataram animosidade manifestada contra eles por policiais militares, acusados ou não de participação no esquema criminoso.
Um delegado que atuou nas investigações afirmou estar assustado com a possibilidade de uma vingança. Segundo ele, os policiais militares podem ter entendido a ação como uma tentativa de interferência de uma instituição policial em outra. Pelo temor de uma represália, ele pediu para não ter o nome divulgado na reportagem.
O mal-estar entre as corporações ficou evidente no encontro entre as autoridades da PF e da PM.
Ao final da entrevista conjunta, o superintendente da PF, Delci Carlos Teixeira, e o comandante da PM, coronel Hudson de Aguiar, só apertaram as mãos após a insistência de um assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Nas entrevistas, eles procuraram minimizar os efeitos nocivos de divergências públicas entre as corporações. Teixeira fez questão de dizer que a investigação era direcionada à ação de guerrilheiros angolanos em favelas, não a policiais militares. (ST)

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