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Mãe morre sem conhecer filha
da Agência Folha, em Salvador
Com queimaduras de terceiro
grau em mais de 90% do corpo,
morreu anteontem à noite no
Hospital Roberto Santos, em Salvador (BA), Rosângela de Jesus
França, 17, que no último sábado
deu à luz uma menina, batizada de
Vitória pelos médicos e enfermeiros que trabalharam no parto.
Após a cesariana -Rosângela
estava grávida havia seis meses-,
os médicos reconduziram a funcionária da fábrica que explodiu à
unidade de queimados. "Fizemos
o que estava ao nosso alcance, mas
infelizmente não deu para salvar a
vida de Rosângela", disse a enfermeira Joviniana Santana.
Segundo a enfermeira, os médicos que trabalharam no parto de
Rosângela choraram quando
constataram a sua morte.
Rosângela, que ganhava R$ 80
por mês para trabalhar na fábrica,
não conheceu a filha. Ontem à tarde, diretores do Roberto Santos
informaram que o estado de saúde
de Vitória havia "melhorado
muito nas últimas 24 horas".
O bebê está internado em observação no berçário do hospital e
respira com a ajuda de aparelhos.
Joviniana disse que os médicos do
Hospital Roberto Santos ainda
não sabem quem será o responsável pelo bebê. "Nós estamos interessados primeiro em melhorar as
condições de saúde da criança."
Das cinco mulheres grávidas feridas na explosão, a única que permanece viva, internada no Hospital Roberto Santos, é Claudiane
Santos, grávida de seis meses.
(CHRISTIANNE GONZÁLEZ)
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