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ACIDENTE
Vítimas estavam no Litoral Plaza Shopping, inaugurado ontem em Praia Grande (SP)
12 são feridos em abertura de shopping
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Praia Grande
Doze pessoas sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus
devido a um princípio de incêndio
na cozinha de um restaurante do
Litoral Plaza Shopping, inaugurado ontem em Praia Grande (82 km
ao sul de São Paulo).
Com 140 mil metros quadrados
(o equivalente a quase duas vezes a
área do estádio do Maracanã), o
shopping é o maior de todo o litoral paulista.
O fogo aconteceu por volta de
9h30, quando funcionários do
shopping tentavam abastecer com
gás os fogões do restaurante Plaza
Express Grill, de 130 lugares.
Como seria utilizada pela primeira vez, a tubulação que liga a
central de gás (situada na parte externa) ao restaurante continha
apenas ar em seu interior, o que
não permitia que o gás chegasse de
imediato aos fogões. Ao ser acionado o mecanismo, o ar começou
a ser expulso da tubulação, "empurrado" pelo gás que entrava.
À espera do gás, funcionários do
restaurante que se encontravam
na cozinha faziam testes com isqueiros a fim de verificar se já era
possível acender os fogões.
Em uma dessas tentativas, o fogo
supostamente atingiu um bolsão
de gás e se alastrou pela cozinha. O
incêndio durou alguns segundos,
e não chegou a afetar os objetos ou
as paredes da cozinha. Os "sprinklers" (aspersores de água) presos
ao teto foram automaticamente
acionados com o fogo e ajudaram
a debelar as chamas.
A principal suspeita é de que, antes do fogo, o ar que saía das tubulações já estava trazendo gás misturado, embora os funcionários
afirmem não ter sentido odor.
Mais pesado que o ar, o gás teria
se depositado junto ao chão, motivo pelo qual a maioria das vítimas
sofreu queimaduras nas pernas.
O delegado titular do 1º DP de
Praia Grande, Carlos Topfer
Schneider, disse ontem que abrirá
inquérito para apurar as responsabilidades pelo acidente.
Segundo ele, os principais elementos do inquérito serão um laudo do Instituto de Criminalística
da Polícia Civil, que realizou uma
perícia no local, e depoimentos de
vítimas, técnicos e testemunhas.
"Aparentemente, foi um incidente motivado por falha humana, e não falha técnica", afirmou o
delegado. A hipótese é a mesma
sustentada pelo administrador de
obras do restaurante, Roberto Lemos. "Foi uma falha humana."
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